2007-03-09

O cajado

Certo dia, quando levava sua classe para uma aula na floresta, o professor notou um velho homem sair de sua cabana. Seguiu-o com o olhar e viu-o mancar até um riacho com uma forte corrente. Admirado, viu a sua dificuldade em entrar e em chegar até ao meio, tomar banho e voltar. Isso deixou-o muito curioso, já que seus jovens alunos não conseguiam enfren­tar uma corrente tão forte.
Aproximou-se então do velho e perguntou-lhe como conseguia tal proeza. Enquanto conver­savam, apercebeu-se que o homem era cego, tornando assim ainda mais fascinante o feito.
O velho homem descreveu seu sucesso com o riacho da seguinte forma: 'Tenho um cajado que uso para me guiar. Coloco-o à minha frente; se a terra for firme, sinto a terra em sua volta, então, coloco meu pé onde ele estava, e sei que estou seguro. Depois coloco o cajado mais para frente e repito o processo. Assim vou progredindo. Eu sigo o meu cajado!
Vou aonde ele me leva, pois sei que com que ele estou seguro. Eu sigo-o até a água e novamente de volta, pois ele me conduz em segurança.'
O professor agradeceu ao homem mas quando se despedia, o homem chamou-o de volta e disse-lhe: 'Ainda não terminei. O problema com a sua geração é que vocês não têm um cajado.'

Muitos "recursos" são evocados, nesta era pós-modernista que apontam para soluções divergente, na tentativa de nos transmitir segurança, confiança e propósito para a nossa vida. Que "cajados" têm conduzido a nossa vida?
Atravessar a vida sem um "cajado", nada que se possa seguir, sem nenhum paradigma ou refencial, apenas poderá conduzir ao desnorte, insegurança e por fim ao "afogamento".
Jesus afirmou que era o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ele é, a figura esplendida do "cajado" que aponta direcção para a plenitude da vida.