2005-12-31

Feliz 2006!

After Today

After today i'll get me out of this place
Into the world so i can set a new pace
It seems i'm on my own from here
Got to face so many fears
Won't You lay me in
Your hands of grace

I've got a funny feeling
That i'm gonna go away
I'm gonna face my future
Gonna try and make the grade
I've got a ways to go from here
And vision doesn't seems so clear
But, praise God, He's got a plan
Understanding isn't my place

After today i'm gonna come face to face
With a new world who knows i'm feeling this way
I've got a ways to go from here
I'm gonna overcome these fears
But still, i'm gonna need Your hands of grace

I'll be a bigger man for,
A bigger man for today
I'll pray a bigger prayer for
A bigger prayer for today
I'll dream a bigger dream for
A bigger dream for today

- Sanctus Real

Ano Novo, Velhos Hábitos?

Muitos continuam a esperar para o Ano Novo, a oportunidade de um novo começo, contudo insistem em manter os velhos hábitos!

2005-12-29

O riso das estrelas

“- O que é importante a gente não vê…
- A gente não vê…
- Será como a flor. Se tu amas uma flor que se encontra numa estrela, é doce de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
- Todas as estrelas estão floridas.
- Será como a água. Aquela que me deste parecia música, por causa da roldana e da corda… Lembras-te como era boa?
- Lembro-me…
- Tu olharás de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim. Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas… Serão todas, tuas amigas. E depois eu vou fazer-te um presente…
Ele riu outra vez.
- Ah! Meu pedacinho de gente, meu amor, como eu gosto de ouvir esse riso!
- Pois é ele, o meu presente… será como a água…
- Que queres dizer?
- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas.
Para uns que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém terás estrelas como ninguém…
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir.”

- "O principezinho", Antoine de Saint Exupéry

2005-12-21

Em desespero

Para quem tinha dúvidas, 2.ª volta das Presidenciais para quê?
O Mário, de super já nada tem, talvez GPL (galináceo pretencioso labrosta) se adeque melhor!
O Sr. Silva está para ficar.

2005-12-20

Pastores

Os pastores são das personagens com menor visibilidade na composição dos presépios, contudo foram dos primeiros a receber a notícia de "boas-novas".

Também naquela época, os pastores não eram muito bem quistos.
Os pastores eram notoriamente incrédulos, considerados pelos "doutores da lei" na mesma categoria das prostitutas e outros "pecadores inveterados". Eram marginalizados, estando inclusivé impedidos de entrar na sinagoga. Eles próprios partiram do princípio que Deus nunca os aceitaria, e temiam-n'O.

A verdade é que o anjo passou por cima de Jerusalém, (o centro religioso de Israel). Ele não foi para Herodium vila de Herodes perto de Belém. Pelo contrário, ele apareceu a um simples grupo de pastores que apascentavam os seus rebanhos fora da cidade.

Contudo, o anjo falou com eles. Deus sabia que estes pastores, como tantas pessoas que parecem indiferentes às coisas espirituais, estavam silenciosamente almejando por Ele.
Todos nós temos um desejo por algo mais. E não importa quão arduamente tentemos parecer auto-suficientes, mais tarde ou mais cedo corremos atrás de algo essencial. O isolamento, a solidão, e o medo da morte levam-nos a reconhecer a nossa necessidade de um Salvador, que preencha o vazio interior que temos. Mas onde podemos nós encontrá-l'O?
As palavras do anjo aos pastores foram simples e directas: "Pois, na cidade de David, vos nasceu hoje o Salvador que é Cristo, o Senhor". Também tu hoje, O podes encontrar.

2005-12-19

Etecetera

Um grupo de jovens, chamados "protestantes", está a editar na Alemanha um calendário erótico, baseado em episódios contemplados na Bíblia.

Um estranho meio, para atingir duvidoso fim!

2005-12-17

"Feses"

"Tenho grande respeito pelas feses* dos outros"
- Mário Soares, no debate com Francisco Louçã, a propósito da retirada dos crucifixos das escolas.

*feses - plural de fé

2005-12-14

2005-12-13

Tropeços


Não são as montanhas que nos fazem tropeçar, mas sim as "pequenas" pedras ou seixos que encontramos pelo caminho !

2005-12-12

O Advento

O advento é por definição um tempo de espera e de preparação para um grande acontecimento que se perspectiva.
Os afazeres domésticos, familiares, religiosos e até mesmo laicos, tentam estabelecer as condições para que todos possam estar preparados para esse acontecimento.

Perdão, coragem, serenidade, escuta, humildade, verdade, pureza, generosidade, solidariedade, esperança, alegria, compreensão, sinceridade... são algumas das qualidades que são apregoadas como necessárias no caminho para a sua consumação.
No entanto o Advento, em primeira instância, nada tem a ver com os outros, não é algo exterior ao indivíduo, mas sim profundamente interior e individual.
O Advento já aconteceu. E, para que possa repetir-se apenas requer uma coisa: um coração vazio.

"um coração quebrado e contrito, não desprezarás, oh Senhor!"
- da Bíblia

2005-12-10

As Crónicas de Nárnia

Não sendo apreciador de filmes "fantásticos", não resisti à tentação desta vez de não assistir no fim de semana de lançamento ao filme "As Crónicas de Nárnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupa", sobretudo porque se baseava no livro de C.S. Lewis, pelo que sempre conseguia deste modo escapar à leitura dos livros.
Expectante, esperava sair convencido da sala depois do seu visionamento.
Expectativas frustradas.
Para filme da "Disney" a produção é mediana, apesar de contar com o contributo de Andrew Adamson, um dos realizadores de “Shrek”, com uma colagem demasiado próxima à trilogia "Senhor dos Anéis".
Como mensagem, perfeitamente trivial e acima de tudo dissimulada.

Mas como normalmente sou acusado de ser excessivamente destrutivo na minha crítica, deixo em aberto a possibilidade da minha avaliação se dever ao facto deste estilo de filme não se encaixar de todo no meu perfil cinéfilo.

Lá terei que me contentar com os livros...

2005-12-09

Por amor

No século XVII alguns Cristãos serviam fielmente a Cristo numa ilha do Japão.
Segundo o missionário Tim Johnson, um líder de provincia, chamado Shogun, decidiu que esses homens eram uma ameaça para a cultura tradicional, pelo que concebeu uma armadilha.
Colocou uma imagem de Jesus na rua e exigiu que os Cristãos na sua província pisassem a imagem em renúncia à sua fé. Quando o teste acabou, 26 pessoas tinham recusado fazê-lo. Foram crucificados à beira da água para todos verem.
Num país como o nosso, chamado de "cristão", quantos superariam este teste?

2005-12-07

Horizontes


Quando a caminhada se torna muito fácil, toma atenção, pois podes estar a descer pelo monte abaixo!

2005-12-06

Aqui estou eu

Ouvi alguém diferenciar de uma forma simplista mas objectiva o tipo de pessoas que cada um de nós pode ser.
Declarava: "Há dois tipos de pessoas neste mundo: aqueles que entram numa sala e dizem: 'Aqui estou eu!' e aqueles que entram e dizem: 'Ah, tu estás aqui!' "
Aparentemente, uma mera inversão de sujeito, mas com um significado bem divergente e diferente!
A primeira abordagem diz-nos: "Olha para mim! Preciso de atenção". A outra: "Fala-me sobre ti."
Uma diz: "Sou importante," a outra diz: "Tu és importante."
Uma diz: "O mundo gira à minha volta," a outra diz: "Estou aqui para te servir."
Não seria grandioso ser conhecido como aquele segundo tipo de pessoa - alguém que os outros desejam ter por perto, porque sabem que a sua presença não é egoísta, mas disponível para ouvir, escutar, encorajar, motivar, e até mesmo para corrigir? Porque afinal de contas, aquilo que o move, é o "próximo"!

2005-11-30

Cuidado com o "lobo mau"

Imaginem qual o resultado que obteriamos se reescrevessemos a história dos "Três Porquinhos e do Lobo Mau", mas agora, do ponto de vista do lobo!
Este exercício, na verdade já foi feito e traduziu-se na edição do livro "A Verdadeira História dos Três Porquinhos", de Jon Scieszka o qual tornou-se rapidamente num "best-seller" dos livros para crianças.
Na história revista, o lobo argumenta que não era sua intenção ter "lombo de porco" para o jantar, nem que estava à procura de um belíssimo presunto "pata negra", mas que havia sido enganado por três porcos egoístas.
Inocentemente acrescenta, que tinha apenas saído para pedir emprestado uma chávena de açúcar para fazer o bolo de aniversário da sua avó. Ele estava a espirrar (e não a soprar) quando a casinha de palha veio abaixo. Etc., etc., etc...

Neste livro que acabamos por considerar hilariante e divertido, podemos facilmente identificar os argumentos distorcidos do lobo, porque conhecemos a história verdadeira. Mas, somos nós também capazes de ver através da lógica de mentira com que todos os dias somos "bombardeados" e abordados?
Não estaremos demasiadamente vulneráveis e expostos, sobretudo nos factos que se relacionam directamente com a nossa existência e o nosso propósito de vida?
Os argumentos distorcidos "do lobo", adquirem particular aceitação quando os mesmos alimentam o nosso "umbigo" e os nossos desejos egoistas.

É caso para dizer: "Cuidado com o lobo mau"!

2005-11-28

Expressões de amor

Uma das necessidades básicas que cada um de nós tem é a necessidade de aceitação.
Precisamos de ser aceites na família, no grupo de amigos, na organização a que pertencemos, por mais "eremita" que nos consideremos.
Esta necessidade de aceitação traduz-se na criação e desenvolvimento de afectos e na criação de sistemas de partilha.
Na sua essência, não é mais do que uma expressão egoísta, mas absolutamente essencial.

No entanto a aceitação que exigimos aos outros, nem sempre a oferecemos nós aos demais. Aliás, grande parte das nossas decisões são orientadas sobretudo para a rejeição.

Se conseguissemos estabelecer uma escala para quantificar o grau de rejeição de determinada circunstância, decerto concluiriamos pelo estabelecimento de uma relação de proporcionalidade directa entre a rejeição e o "valor" do objecto rejeitado. Ou seja, quanto mais alto o "preço", maior a rejeição!

No Natal que se aproxima, que a aceitação seja a característica de cada um de nós. Afinal de contas, o Natal é acima de tudo a expressão de uma "oferta" de amor. Saibamos pois recebê-lO como tal.

2005-11-24

Transplantes

Celebra-se este ano 10 anos do primeiro transplante renal realizado com êxito em Portugal.
Para o doador foi a confirmação da morte esperada, para o receptor do orgão, a possibilidade de ver os seu dias acrescentados.

Sem "morte", é impossível produzir nova vida. Também neste caso, assim foi.

"Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto."

- da Bíblia

2005-11-22

Harry Potter de volta ao "grande ecrãn"

Tal como esperado, a estreia do novo filme da "saga" de "Harry Potter" revelou-se em mais um estrondoso sucesso de bilheteira nos "estates". Os fãs portugueses terão que esperar mais uns dias.
Já lá vai o tempo em que os elementos do nosso universo fantástico infanto-juvenil (e não só) era povoado de personagens em que claramente se identificavam os "bons e os maus", concorrendo para que se afirmassem as noções do bem e do mal.
Hoje, esses ícons surgem mesclados. Hoje, a "escola de feitiçaria" de Harry Potter encarna "positivamente" os "bons da fita", sendo o seu notável representante o herói incontestado.
As práticas "obscurantistas" do passado, são hoje publicamente elevadas.
Sinais dos tempos...

2005-11-17

"Healing Rain"

"Vernaculidades"

Diz o pai para o filho: "Já viste o 'traque' do ano?"
"'Traque' do ano pai?" - respondeu o filho, sem perceber muito bem e com um risinho envergonhado.
Afinal o "truck" do ano era um camião: o MAN TGL, eleito "camião internacional do ano 2006".

2005-11-16

"Redoxon"

"(...) Oh! Mãe, já tomei "Redoxon".
"Já tomaste 'Redoxon', já podias ter dito!"
Este é daqueles "spots" publicitários que me fazem sorrir sempre que o ouço. Talvez por me levar a viajar no tempo até à adolescência...

Muitas vezes esta insistência no não querer ouvir, não prestar atenção ao reparo dos outros se repete vezes sem conta connosco.
O reconhecimneto do erro impõe-se, o ouvir com humildade a voz amiga que nos mostra o outro lado, a advertência cautelosa de quem vê as coisas numa perspectiva distanciada é necessária, para quem não quiser permanecer no erro.
Saber ouvir, é pois obrigatório. Não apenas palavras de lisonja, ou só aquelas que nos agradam, mas também aquelas mais custosas e dilacerantes que apesar de duras, sabemos que são justas.
Até porque, tal como dizia Denis Diderot: "os erros passam, a verdade fica".

2005-11-13

13 Novembro - Dia da Bílbia

"A Bílbia contêm a mente de Deus, a condição do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores, a felicidade dos cristãos. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis.
Leia-a para ser sábio, creia nela para estar seguro e pratique-a para ser santo.
Ela contêm luz para dirigi-lo, alimento para sustê-lo e consolo para animá-lo.
(...)
Por ela o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno descobertas.
Cristo é o seu grande tema, nosso bem o seu intento, a glória de Deus a sua finalidade. Deve encher a mente, governar o coração e guiar os pés. (...)
É uma mina de riqueza, um paraíso de glória e um rio de prazer."
- Os Gedeões Internacionais

2005-11-11

Festa da Luz


À primeira vista poderiamos pensar que seria mais uma iniciativa do "glorioso" enquadrada nos festejos do "centenário". Infelizmente assim, não é!
Amanhã dia 12 de Novembro, a cidade de Lisboa será "consagrada" a Maria, mãe de Jesus.
Interessante, que aquele que se afirmou como a VERDADEIRA LUZ, seja teimosa e constantemente enviado para a "SOMBRA", de Maria.

A todos que se assumem como cristãos desafio a que atentem para as prioridades que o catecismo aponta.
JESUS deve ser a prioridade, o baluarte, o único digno de relevância.
Tal como na alegoria da caverna de Platão, rejeitemos "as sombras" e coloquemos em primeiro lugar aquele que é a LUZ.

2005-11-10

Presente envenenado?

Na edição de hoje do "Público" podemos ler: "Segurança Social pode absorver fundo de pensões do Millenium BCP".
Pasmem-se os mais incrédulos, 4.000 milhões de euros, qualquer coisa como 2,9% do PIB previsto para 2005, podem entrar directamente nos cofres da SS. Ora, sabendo nós que à banca não se lhe reconhece particular pendor voluntariamente contributivo a iniciativa do BCP fez-me de imediato "arrebitar" as orelhas.
Sabendo que os fundos de pensões são na sua generalidade bastante apetecíveis pelas "financeiras", na medida que acabam por ser utilizados nas mais diversas operações de especulação financeira, considerando ainda que esta transferência acarretará acréscimo de custos directos para as entidades bancárias através do aumento das suas contribuições sociais, a medida não deixa de ser estranha, sobretudo vinda de onde vem.
Ou seja, de forma muito simplista: ou a liquidez a médio prazo destes fundos está comprometida e então aquilo que eventualmente possa ser visto como interessante para a Segurança Social no curto prazo, venha a traduzir-se no médio-longo prazo num agravamento da débil sustentabilidade já existente, ou então, as investigações policiais em curso a várias instituições bancárias já está a dar fruto e têm que ser paradas, "seja de que forma for"...
A ver vamos!

2005-11-09

2005-11-08

Sabonetes

Peripécias de 3 amigos em viagem:
"Três amigos brasileiros viajavam para Singapura onde iríam fazer um curso de "Liderança". Como a viagem era muito longa, fizeram escala em Paris, onde ficaram 48 horas. Após o descanso, apanharam outro avião que os levaria ao destino, com escala nos Emirados Árabes. Durante o primeiro percurso, quando um deles foi ao "toilette", percebeu que além dos perfumes franceses para uso geral, havia também pequenos sabonetes para uso individual, e de excelente aroma. Ao voltar ao lugar, comentou com os outros dois, que havia trazido uma meia-dúzia dos tais sabonetes, que levaria como 'souvenir' para amigos, quando do seu regresso ao Brasil. Os amigos resolveram fazer o mesmo, mas, um deles, excedeu-se e trouxe mais de trinta!!!
Riram-se da situação e depois esqueceram o assunto e procuraram descansar, pois, a viagem era muito longa. Após cerca de quinze horas de viagem, um deles ouviu uma mensagem através do altifalante do avião que o deixou preocupado. A mensagem era em francês e só pode entender o final:
-Sr. Barbosa, Sr. Couto e Sr. Da Silva...
Acordou os outros amigos e comunicou-lhes o facto. Eles disseram que estava a imaginar coisas e que devia ter compreendido mal. Por que falariam nos seus nomes numa viagem daquelas, num jumbo com mais de 300 passageiros a bordo? Sabiam que iriam repetir a mensagem, agora em Inglês e ficaram à espera... Novamente ouviram a mensagem que dizia:
-Atenção Srs. Barbosa, Couto e Da Silva! Estamos a preparar-nos para aterrar no Bahrein... Esperem que todos os passageiros deixem o avião, peguem nas suas bagagens de mão e apresentem-se ao Comandante!
Ficaram gravemente preocupados. O que teria havido? Porque chamariam apenas seus nomes? Um dos amigos lembrou-se então dos"sabonetes":
"-Será que foi por causa dos sabonetes? Eu vou devolver tudo!!!"
Nem sorrir conseguíam!
O avião aterrou... esperaram que todos saissem e foram, então, até ao comandante. Ao aproximarem-se da parte dianteira do avião, viram o comandante de pé, uma hospedeira ao seu lado, e, de cada lado deles, três soldados, fardados e com metralhadoras nas mãos!!!
De preocupados passaram a APAVORADOS! Um dos amigos comentou:
"-Se formos presos aqui, nunca mais voltaremos para casa! "
O que tinha o Inglês menos mau foi incumbido de conversar com o comandante!!! Perguntou-lhe o que se passava e qual era o problema. Ao que ele respondeu:
"-Não há problema algum! É que temos três passageiros para embarcar aqui e não há lugares na classe econômica...Por isso, vocês que são os passageiros que vêm de mais longe, passarão para a "Primeira Classe" e darão os vossos lugares a eles..."
-Ufa!!!"

2005-11-07

Mais e menos

Aqui fica o contributo de J.P. para este blog:

"O homem é mais aquilo que não compreende do que aquilo que afirma. Isto é, faz-nos mais falta aquilo que não somos do que aquilo que somos".

Quando a floresta arde

Com este início de Outono chuvoso, a memória da seca de Verão e o flagelo dos fogos florestais, vai-se desvanecendo a pouco e pouco das preocupações de todos nós.
Na catástrofe nacional que se verificou neste Verão, facilmente podemos identificar 3 factores causais: alterações climáticas, traduzindo-se em altas temperaturas e seca; aplicação de uma política nacional de "monocultura" florestal; desarticulação e insuficiência dos meios para um combate eficaz às chamas.
Também nós na vida, muitas e muitas vezes somos circundados por "fogos" que nos "queimam". Num ápice, parece que perdemos tudo: relacionamentos que levaram anos a construir, esvaem-se diante de nós; "status quo" adquirido que é questionado e desrespeitado; expectativas de carreira defraudadas... Situações adversas que nem sempre entendemos.
Impotentes, assistimos a que o "fogo" de tudo se apodere e que na sua passagem deixe apenas um rasto de destruição e ruína.
O facto é que muitos desses "fogos" são alimentados pela nossa própria secura interior. "Árvores" secas, com folhagem ressequida que ajudam à propagação desse mesmo fogo.
Outros decorrem de opções de vida erradas, decisões e caminhos percorridos que inevitavelmente viriam a atear "fogos" simultâneos e em diversas frentes, para os quais nos faltam recursos para os combater: a nossa capacidade de perdão, de tolerância, de discernimento ou de sabedoria. Ficamos exauridos, inférteis, despedaçados, impotentes face ao "fogo" demolidor!
Em momentos assim, vem à superfíe a nossa capacidade regeneradora e "reflorestadora". De fazer brotar novamente a semente que ficou e a partir das cinzas, recomeçar um novo ciclo, uma nova etapa, criando e gerando de novo vida.
O êxito desta acção será directamente proporcional da nossa proximidade de fontes de água, de "lençois freáticos" que limpem e nutram as sementes que escaparam à acção destruidora do incêndio.
Assim, a nossa capacidade de recuperarmos de um "incêndio" dependerá fortemente do quão arraigados estivermos ao rio da Vida.

2005-11-03

Modo "stand-by"

Se há pessoa a quem o provérbio "quem espera, desespera" se aplica, é a mim.
Já repararam a facilidade com que nos colocam à espera?
No trânsito, ficamos à espera.
Para levantarmos uma carta nos correios, esperamos.
Nas chamadas telefónicas colocam-nos em espera.
Vamos ao dentista, esperamos. Grrrrr..... eu simplesmente desespero!!!
A celeridade e rapidez de deslocação de pessoas e bens, a velocidade de circulação da informação trouxeram à "espera" um sentido fortemente negativo. Contudo, nem sempre o é.

Os tempos de espera, de amadurecimento e maturação trazem confirmação à nossa vida.
Trazem certeza de decisão. Trazem a possibilidade de colocarmos as questões a tratar em diferentes perspectivas, com o distanciamento suficiente para a sua correcta avaliação.
Quantas vezes o impacto das nossas decisões não são correctamente avaliadas, devido à sofreguidão da decisão no momento?
Contrariamente à máxima "mais vale uma má decisão, que uma não decisão" opõe-se a busca da decisão correcta e acertada, ainda que demore tempo.

Quantas vezes exigimos aos nossos relacionamentos que tenham a mesma prontidão do "fast food"? Quantas vezes a nossas opções se baseiam simplesmente a nível emocional... no "calor do momento"!
Tempos de espera fortalecem a nossa capacidade de decisão, evitam o erro. Consolidam a nossa confiança na certeza dos objectivos a atingir. Motivamos quem nos rodeia na prosssecução do objectivo comum.
Não desistimos ao primeiro sinal de dificuldade, porque, sabemos o que queremos, sabemos para onde vamos e sabemos o que fazer para lá chegar.

2005-11-02

Contemplações

A beleza de toda a criação, só pode ser verdadeiramente apreciada,
quando contemplamos a Pessoa que a criou.

2005-10-28

Olhar nos olhos


Num destes dias, enquanto aguardava que as minhas "mulheres" regressassem das compras, sentado num banco do "shopping" entretive-me olhando para as pessoas que passavam.
Olhava não para os cabelos, nem para os rostos, mas apenas para os sapatos.
Eu que me considero bastante "conservador" quanto ao modelo de sapatos que uso, acabou por se tornar bastante hilariante este exercício.
Curvos, rectos, de saltos quadrados, redondos, cor-de-rosa, verde fluorescente, com fechos, com cordões, enfim, um verdadeiro paraíso de cor e formas.

O exercício tornou-se bem mais sério, quando deixei os sapatos para trás e passei a concentrar-me nos olhos de quem passava. Homens, mulheres, crianças, mais velhos, menos velhos... A todos que passavam por mim, tentava "radiografar-lhes" os olhos.
Olhar "olhos nos olhos" nem sempre é fácil.
Implica exposição por parte do observador
No entanto, quando nos atrevemos a olhar "olhos nos olhos" dos outros apercebemo-nos de uma realidade bem mais profunda, bem mais viva e verdadeira do objecto da nossa contemplação.
Os olhos como verdadeiras "janelas da alma" apontavam claramente qual o estado interior de cada um.

Isto fez-me pensar no que os meus olhos reflectiriam para aqueles que em sentido inverso olhavam para mim.

E tu, o que refletem os teus olhos?

2005-10-14

Nas sombras do silêncio

Nas sombras do silêncio, contemplo a minha existência.
Arraigado ao ser, ao ter, ao reter e deter isolo o ego sempre presente.
O "ruído" do dia-a-dia assoberba-me de informação. Alguma útil, outra despropositada.
Que importa o que fui? Que importa o que sou? Que importa o que serei? Importa, pois...

Nada se constrói, nada se destrói, contudo tudo se busca no nada do presente. E o tempo sempre presente, esse passa veloz, alheio às conquistas, às alegrias, ou às frustrações e derrotas.

Gosto do discurso directo, do olhar nos olhos, do interagir com o outro. Repugna-me a "voz passiva" e evasiva. Do falar do que não se viveu, do rejeitar o que não se conhece.
Brincar com as palavras, agregando-as em sentidos contraditórios, desenhá-las no papel branco, esperar que as mesmas adquiram vontade própria e se ergam no ar, compondo a mais bela melodia que os olhos possam vislumbrar.
A imaginação flui, no entanto a insatisfação permanece. Depressa os sentidos caiem na lápide gélida do descontentamento
Por si só, a letra é morta, no entanto a Palavra Criadora, o Verbo, essa é capaz de gerar vida no interior.
Esta Vida gera luz, gera verdade, gera liberdade, transporta esperança, aponta salvação.
Faz-nos sentir o intangível e imaterial, traz o conhecimento e entendimento.
Abre a porta do Eterno...

2005-10-06

A propósito do eclipse

Esta é a sequência de memorandos a propósito da ocorrência do eclipse na passada segunda-feira, numa qualquer empresa portuguesa:

Memo do Director Geral para o Dir. Industrial General:
"Hoje pelas 11 horas, ocorrerá um eclipse anular do sol. Isto significa que o sol desaparecerá por trás da lua durante 2 minutos. Dado que esta ocorrência não acontece todos os dias, será dada a possibilidade aos empregados para verem o eclipse no parque de estacionamento.
Assim, todos os empregrados deverão encontrar-se no parque de estacionamento às 10 para as 11 horas, onde realizarei um pequeno discurso de introdução ao eclipse e de informação generalizada do acontecimento. Óculos de protecção serão disponibilizados a preço reduzido."

Memo do Dir. Industrial para o Chefe de Departamento:
"Hoje às 10 para as 11 horas, todo o pessoal deverá juntar-se no parque de estacionamento. Seguidamente dar-se-à o o eclipse anular do sol, o qual desaparecerá por 2 minutos. Por um preço moderado, tal ocorrência será segura com óculos de protecção.
O Director Geral fará um discurso em primeira mão para nos dar informação sobre o acontecimento.
Isto é algo que não se vê todos os dias."

Memo do Chefe de Departamento para o Chefe de Secção:
"O Director Geral fará um discurso para fazer o sol desaparecer por 2 minutos, num eclipse.
Isto é algo que não se vê todos os dias, por isso os empregados encontrar-se-ão no parque de estacionamento às 10 ou às 11.
Isto será seguro se pagarem um preço moderado."

Memo do Chefe de Secção para o Chefe de Linha:
"10 ou 11 empregados deverão ir ao parque de estacionamento onde o Director irá eclipsar o sol durante 2 minutos. Isto não acontece todos os dias.
Tal ocorrência será feita com segurança mas isso irá sair-vos do bolso."

Memo do Chefe de linha para o pessoal:
"Alguns empregados irão ao parque de estacionamento hoje para verem o Director Geral desaparecer.
É uma pena que isto não aconteça todos os dias."

2005-09-29

Coisas ou pessoas

O que é que verdadeiramente nos importa: as coisas, ou as pessoas?
O que é que nos faz sorrir; o que é que nos fascina e entusiasma?
O que é que nos ocupa mais tempo; o que é que nos embevece o espírito;
que nos preenche o coração?
Descobrimos o encanto nas coisas que temos, ou nos relacionamentos que mantemos?
O que é que mais facilmente enumeramos, as coisas que gostariamos de ter ou as pessoas com quem gostarimos de estar?
Quantas vezes gritamos "Coisas, coisas, coisas..." e não ouvimos o chamar das pessoas!

2005-09-20

Quando o relógio pára

O relógio de parede parou!
Também para M. T. A. o relógio da sua vida aqui parou.
Coincidência? Não sei responder...

Aos 77 anos, uma nova jornada iria iniciar-se.
Homem de trato afável, humilde, cuidado, meticuloso e de uma enorme integridade, deixa a sua marca nas pessoas que o conheceram.
Contudo, M. T. A., apesar de ser aquilo que normalmente considerariamos como "uma boa pessoa", compreendeu no final dos seus dias que isso não era suficiente. Compreendeu que havia algo que lhe faltava, e esse algo era Jesus.
De vontade própria abraça Aquele que há muitos anos esperava por ele. Três semanas depois, o até então Deus Criador de todas as coisas, o chama a si como Deus Pai, Senhor e Salvador!
A M.T.A. agradeço a filha que me entregou, na certeza de que voltaremos a encontrar-nos.
A tristeza da partida não encobrirá a alegria da certeza do reencontro.

"a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito"
- in Bíblia

2005-09-16

Verosimelhanças, aos pontapés

Séneca afirmava: "Verosimelhança não é verdade".
A predisposição individual para assumir e credibilizar o verosímel como verdadeiro é a principal arma utilizada para a indução ao erro.
Não existe melhor mentira que aquela que é composta pelo somatório de verdades parciais ou descontextualizadas.
Subrepticiamente somos levados a tomar como verdadeiros, conceitos científicos não demonstrados, ou então, pressupostos enfaticamente difundidos como éticos, quando os mesmos apenas traduzem o egocentrismo na sua melhor dimensão.
Vivemos na chamada "sociedade do conhecimento". Facilmente a informação é difundida e divulgada a baixo custo.
Uma mentira repetidamente pronunciada, rapidamente adquire o formato do verosímel.
Um juízo crítico e um espírito aberto nunca foi tão difícil de conjugar.
Estejamos pois atentos à manipulação literária, jornalística, política, religiosa e educativa com que todos os dias somos confrontados.

A verosimilhança, gera engano e o engano produz MORTE.
Morte da verdade, morte da razão, morte das emoções, morte da capacidade de gerar conhecimento e VIDA.


"o ladrão não vem senão a matar, roubar e destruir, Eu vim para que tenham Vida..."
- Jesus, o Cristo

2005-09-12

Caminhos de Luz

Alguns dias atrás, ía eu a caminhar à noite numa rua pouco iluminada, quando me apercebi da minha sombra. O que me chamou à atenção era o facto de ela crescer e diminuir à medida que ía fazendo o percurso. Constatei então, que à medida que passava por um poste de iluminação a sombra desaparecia, começando a crescer à medida que me afastava dessa fonte de iluminação.

Quanto menos luz tinha, mais a sombra crescia, quanto mais luz tinha menos ela aparecia, ou melhor, já não a via, pois ela projectava-se para trás. Esta situação que em criança servia como distração e brincadeira, aplicou-se à minha vida de uma forma mais incisiva.

Quanto mais afastados estivermos da Luz, mais sombras irão assomar-se à nossa vida. Quando a Luz está bem à nossa frente, todas as sombras são projectadas para trás e então podemos verdadeiramente prosseguir.

2005-09-08

Um dia a casa vem a baixo

Símbolo de um "flop" de planeamento urbanístico e imobiliário, as Torres de Tróia serão hoje implodidas, dando origem ao início de um novo projecto de expansão turística.
Verdadeiras fortalezas de aço e betão, não deixam contudo de ser a face visível de uma degradação crescente, a que esta zona havia sido abandonada.

Também na nossa vida, muitos "edificíos" erguemos que nos impedem de prosseguir. Verdadeiras "fortalezas", "torres de menagem" que exibem temporariamente o seu esplendor, mas que o passar do tempo, dos ventos e das tempestadas da vida, as fustigam e abalam, e, então verificamos que não nos proporcionam nem o conforto, nem a segurança, ou o abrigo que esperavamos.

Desolados, procuramos outros abrigos, outros refúgios que realizem e preencham as nossas necessidades.

Coloquemos pois a nossa esperança nAquele que é inabalável e imutável, porque um dia a "casa" poderá vir abaixo, e então, o que sobrará?

2005-08-29

Sementes

"Então minha senhora, com confiança que lhe vai sair?" - perguntava a jornalista, a propósito do Euromilhões.
Resposta imediata: "A mim tudo o que me acontece na vida é mau, por isso não será desta vez que me acontecerá nada de bom..."

Este pequeno episódio fez-me pensar na relação causa-efeito existente entre o semear e o colher.
Se lá, no jardim de minha casa semear rosas, será que vou colher cravos. Se semear gerânios, irei colher orquídeas?
Se temos colhido amargura, egoísmo, arrogância, desalento, negativismo e outros que tais... talvez seja tempo de verificarmos o que temos vindo a semear, e em que quantidade o temos vindo a fazer.

Queremos colher coisas diferentes daquelas que temos recebido até agora?
Talvez seja tempo de mudar o tipo de semente que temos utiilizado.

"Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará."
"...pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará."
- in a Bíblia

2005-08-23

Harmonia

Enfim, as férias lá acabaram.
Tempo de arrumações, limpezas, de executar aquelas tarefas que ao longo do ano nos esquivamos a realizá-las e sempre as empurramos para "quando tivermos tempo".
Tempo de descanso por excelência, de viagem, de ler ou reler o livro que há 5 anos é prioridade de leitura, de reorganizar o arquivo, de quebrar rotinas, de disfrutar da companhia de amigos ausentes o resto do ano, de acordar tarde!

Nestas férias tive a oportunidade de redescobrir uma dimensão nova e diferente do conceito e necessidade de harmonia.

Conceito demasiado abstracto e pessoal, poderemos pensar. Talvez...
No entanto, na nossa vivência, enquanto entidades corporais, emocionais e espirituais persiste uma necessidade básica da sua existência.
Harmonia do espaço, do tempo, das emoções. Harmonia musical, cromática, formal, ética...
A necessidade de formular uma justa medida que traduza equilíbrio abrangente e total. A demanda é básica, até mesmo primária.
A necessidade de encontrar ordem para o caos, de convergir, de combinar de forma natural, sem artifícios ou falsidades.
Relegar o uso de "corantes ou conservantes" e desmaquilhar os conceitos impostos por correntes doutrinárias e filosóficas avulsas e descartáveis.
Encontrar satisfação plena na própria existência do eu, do próximo, da própria morte...

Tenho encontrado essa dimensão de harmonia no relacionamento pessoal e individual com Deus.
Doutro forma, para mim nada faria sentido.

2005-07-29

Smile

"lançando sobre Ele, toda a vossa ansiedade, pois Ele tem cuidado de vós."

- S. Pedro

2005-07-28

Manual de instruções

Lembro-me que desde miúdo, nunca fui muito propenso a ler os manuais de instruções dos brinquedos.
"Chegava lá" por tentativas e comparações e a "coisa" lá acabava por funcionar (o empirismo na sua vertente infantil).
Muitas vezes agimos na nossa vida desta mesma forma. Seguimos os tais modelos que fomos aprendendo e se um não funcionar, voltamo-nos para outro, e outro... e outro, até que a coisa resulte!
Tal comportamento enferma de alguma irracionalidade (no mínimo), no entanto é prática diária.
E, se muitas vezes é difícil pôr a funcionar um qualquer electrodoméstico, ou um equipamento de maior sofisticação, muitas vezes torna-se numa verdadeira viagem de montanha-russa, ao seguirmos este método algorítmico, o querermos por a "funcionar" as nossas vidas, na sua dimensão física, emocional e espiritual.
Mas há boas notícias, Quem criou o nosso "mecanismo" também nos deixou um manual de instruções, para permitir uma excelente "performance". Queiramos pois reconhecer a nossa incapacidade e saibamos utilizar esse manual. Então sim, iremos experimentar verdadeira "qualidade de vida".

2005-07-25

Liberdade, implica direcção!

"É fácil estabelecer a ordem de uma sociedade na submissão de cada um dos seus componentes a regras fixas. É fácil moldar um homem cego que tolere, sem protestar, um mestre ou um Corão.
Mas é muito diferente, para libertar o homem, fazê-lo reinar sobre si próprio.
Mas o que é libertar?
Se eu libertar, no deserto, um homem que não sente nada, que significa a sua liberdade?
Não há liberdade a não ser a de «alguém» que vai para algum sítio. Libertar este homem seria mostrar-lhe que tem sede e traçar o caminho para um poço. Só então se lhe ofereceriam possibilidades que teriam significado. Libertar uma pedra nada significa se não existir gravidade. Porque a pedra, depois de liberta, não iria a parte nenhuma."
- Antoine de Saint-Exupéry

2005-07-21

Blue light


No reino animal, existe uma classe de seres que sente um particular fascínio pelas luzes azuis. São eles os insectos!
A atracção que esta exerce sobre estas criaturas é absolutamente abismal.
Quem já não viu e ouviu o som característico dos modernos "apanha-moscas", que utilizam aquelas lâmpadas azuis para atrair os insectos para depois literarmente os incinerarem?

E lá vão eles! Uns atrás dos outros e... zzzppp! Então, na nossa arrogância de seres superiores (afinal de contas somos humanos) lá os consideramos terrivelmente "estúpidos".
No entanto, quantas vezes, também nós, somos apelativamente atraídos por luzes, que nos encandeiam, levando-nos a palmilhar caminhos sem destino e que apenas nos levam a encruzilhadas!

Que tipo de luz nos está a alumiar o caminho? Luz para vida, ou luz para morte?

2005-07-18

Lucky Luke

"Papá, como é que o Lucky Luke, é mais rápido que a própria sombra?", perguntava o rapaz a rondar os 5 anos.
O pai, no esplendor da sua sapiência, lá respondeu: "É porque treina muito!"
Curiosamente este episódio fez-me meditar um pouco sobre as "sombras" que pairam muitas vezes sobre as nossas vidas e que por mais que nos esforcemos, "que treinemos", que perseveremos, por nós próprios, nunca nos veremos livres delas.
Estas sombras que nos perseguem, ocultam-nos o caminho, desvirtuam a nossa percepção da realidade, criando figuras virtuais, formas irreais, conceitos vazios e pressupostos verosímeis mas não verdadeiros.
A única forma que conheço de dissipar essas sombras é através da luz.
A Luz transporta a capacidade intrínseca de dissipar toda e qualquer sombra, todo e qualquer sinal de névoa e opacidade.
Seguir "caminhos de luz", é impossível, se não tivermos a Luz em nós mesmos.

2005-07-15

Servos ou amigos!

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar... Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe... Mas, se a amizade permanecer, um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre..."
- Albert Einstein

"tenho-vos chamado amigos, pois vos tenho dado a conhecer o que ouvi do Pai." - Jesus.

2005-07-11

Uma direcção, e não apenas soluções passageiras

"A diferença entre solução e direcção é esta: a solução é sempre um remédio passageiro para disfarçar a desgraça. Ao passo que a direcção é a própria dignidade posta nas mãos do desgraçado para que deixe de o ser, e a direcção única é a garantia perpétua dessa dignidade."

- Almada Negreiros

2005-07-06

A suspeita

"As suspeitas são entre os pensamentos o que os morcegos são entre os pássaros; voam sempre ao crepúsculo. Certamente, devem ser reprimidos, ou pelo menos bem vigiados, porque ofuscam o espírito. As suspeitas afastam-nos dos amigos e vão de encontro aos nossos negócios, que afastam do caminho normal e direito. As suspeitas impelem os reis à tirania, os maridos ao ciúme, os sábios à irresolução e à melancolia. São fraquezas não do coração, mas do cérebro, porque se alojam nos carácteres mais intrépidos (...). As suspeitas fazem muito mal a estes homens. Nas outras pessoas, as suspeitas só são admitidas depois de exame à sua verosimilhança, mas nas pessoas timoratas elas rapidamente adquirem fundamento. O que leva o homem a suspeitar muito é o saber pouco; por isso os homens deveriam dar remédio às suspeitas procurando saber mais, em vez de se deixarem sufocar por elas. (...)
As suspeitas, que o espírito de si próprio gera, não são mais do que zumbidos; mas as que são artificialmente alimentadas com histórias e ditos maliciosos, essas possuem venenosos ferrões. Certamente, o melhor meio de abrir caminho na floresta das suspeitas é falar francamente com a pessoa de quem se desconfia; porque assim ter-se-á a certeza de conhecer melhor a verdade do que se conhecia antes (...)"
Francis Bacon, in 'Ensaios'

2005-07-05

Para quem conseguir comentar...eu não consigo!

"O Direito Penal não pode servir para impor concepções filosóficas. Não é, ou não deve ser, moral. "
- Odete Santos, Notícias Magazine (DN), 2005/07/03

2005-07-04

O rigor de Constâncio

Não, não vou alvitrar sobre a questão, mas sim opinar sobre o a utilidade efectiva da Assembleia da República nos dias que correm.
E o que tem uma coisa a ver uma coisa com a outra? Vejamos...
Em tempos de absoluta necessidade de credibilização das instituições democráticas, este governo no seu esforço hercúleo de restaurar a dignidade das mesmas, parece não conseguir acertar uma.
Depois da desorientação marcada pelo apresentação de informações divergentes em matéria do Plano de Estabilidade e Crescimento, de responsabilidade directa do governo e do seu Ministro das Finanças, somos agora confrontados com o facto de o chamado "Relatório Constâncio" também ele apresentar discrepâncias evidentes, significativas e graves.
Parece que afinal, os funcionários do Banco de Portugal, andarão a ser muito mal pagos, pois só assim se compreenderá que por falta de manifesta motivação não consigam fazer contas de somar e subtrair.
Mas onde gostaria de centrar a atenção em toda esta questão não é com os erros grosseiros em si, mas para a fiscalização e avaliação destes actos.
Não é da competência da Assembleia da República a fiscalização da actividade governativa?
Não é da responsabilidade da Assembleia da República e dos partidos que a compõe, validar a informação que o governo apresenta?
Para que serve todo o aparelho partidário, todos os departamentos económicos dos diferentes partidos, que não identificam estes erros grosseiros?
Que democracia é esta em que quem tem que trazer à luz estas questões são os "media" (no caso vertente o jornal "Público").
A democracia portuguesa corre perigo evidente.
Senhores Deputados, o país exige que exerçam com responsabilidade as funções para que foram eleitos, se não têm capacidades para as exercer, sejam honestos e renunciem ao cargo.

2005-07-01

"Eis que estou à porta e bato!"

A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais.

- Soren Kierkgaard


2005-06-30

Ai que Carrilho!

José Maria Carrilho mais uma vez é notícia.
"L'enfant terrible" continua a deixar em franja os nervos de qualquer um, inclusivé dos membros do seu próprio partido. Não é que, depois de toda a sua pose quase "aristogática" (eh! eh!), de intelectual do "jet-set", depois de uma gestão questionável da sua imagem, agora envolve a família em "spots" publicitários.
Jornalistas, "opinion-makers", e outros que tais, aparecem quase que ofendidos na sua própria honra, porque o dito senhor aparece na campanha eleitoral, rodeado daqueles que provavelmente mais gosta: a sua mulher e o filho. E pasmem-se, não é que não foi só numa atitude de posar para a fotografia, mas a própria esposa intervem directamente na campanha e o filho até balbucia algumas palavras!!!
Para o degredo com eles, gritam alguns...
Pessoalmente não nutro grande simpatia pela figura em causa, mas não deixo de estranhar o grau de animosidade que esta questão levantou.
Será interdito a um político obter a contribuição da sua família no exercício da sua actividade?
Será que o que verdadeiramente incomoda a alguns não é a situação particular, mas o princípio da existência de uma família estruturada, heterosexual e bi-parental?
Será assim um exemplo tão terrível a seguir?

2005-06-28

Terra sedenta

Hoje o dia acabou ensombrado.
As nuvens grossas encobriram o horizonte. O sol não apareceu a despedir-se e a noite vai instalando-se pelas ruas.
Sente-se no ar o cheiro da natureza morta. Da terra emanam odores indecifráveis que me inundam os sentidos.
Normalmente sentiria nostalgia. Hoje, porém, o sentir das gotas de chuva na face nua, o odor ocre das folhas, o barulho das ondas que rebentam na praia, refrigera-me o coração.
Estava sedento desta chuva serôdia, que limpa, fortalece, que trespassa a minha secura, rejuvenesce o espírito e me aconchega a alma.
Estava sedento, mas não estou mais!
Como é bom sentir a Tua presença no silêncio da chuva, que insistentemente bate na vidraça do meu coração.
Como é bom experimentar-Te nas pequenas coisas, nos pormenores da vida, no cheiro a terra humecida, no crepúsculo e no ocaso, no A e no Z, no simplesmente saber que estás, que és, que bem-me-queres...
Obrigado pela água que de Ti brota, pela vida que ela gera, pelo consolo que me trazes...

Estava sedento, mas não estou mais!

Blue!

2005-06-27

Remorso ou arrependimento

O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.

- Honoré de Balzac

2005-06-22

S. João, dá cá um balão...

A cidade prepara-se para a festa. Veste-se de uma roupagem fresca e de um manto esteticamente questionável.
Montam-se as barraquinhas, preparam-se os comes, porque os bebes já à muito que estão prontos. Compra-se o alho pôrro, o mangerico, o martelinho... O orçamento parco do munícipio, sempre estica e a expectativa para o fogo de artifício é grande. Vem aí a "grande noite" de S. João.
Mas afinal de contas que festa é esta e que santo é este?
Tal como em muitas outras festas e romarias, a festa de S. João não é mais que uma cristianização de uma festa pagã. Símbolos como: o lançamento de balões, as fogueiras, os foguetes, o alho porro encontram-se intimamente ligadas a práticas religiosas do paganismo.
Poderão alguns argumentar que esta celebração é útil em termos sociais, pois cria espaço para que as tensões, os problemas, as preocupações, sejam postas de lado e o povo possa festejar, celebrar, dançar, brincar... Talvez!
Mas, vejamos quem foi S. João Baptista.
Homem simples e austero.Vivia num meio hostil e inóspito; alimentava-se de mel e gafanhotos; tinha um discurso anti-sistema e politicamente incorrecto. Confrontava os seus ouvintes com a necessidade de "arrependimento" e indicava um caminho a seguir, ainda mais excelente. Esta mensagem permanece actual. Nos dias que hoje correm é premente o arrependimento, o mudar de vida, o dizer basta à vida de derrota e sem esperança, aceitando o caminho proposto por S. João: o próprio Jesus!
Então só assim haverá motivos para festejar a vida que dEle recebemos.

2005-06-20

Retendo o bem!

É interessante que na sua generalidade, todos nós, somos peritos em recordar e evidenciar o negativo, em experiências de vida que acabaram por se tornar problemáticas e gravosas.
"Recordar é viver", ouvimos nós (especialmente em publicidade a material fotográfico). Na prática, aquilo que retemos de situações, pessoas, relacionamentos que em determinada situação nos magoaram, ou provocaram dano, é sobretudo o que acabou por se tornar em mal. E para agudizar ainda mais a situação, criamos uma cultura de cultivo desse mesmo "mal", acabando por desenvolver um estado de amargura e ressentimento, perpetuando-o no tempo.
Importa contrariar este sentir!
O que é interessante em tudo isto, é que não interessa o nosso passado!
Eu repito. Não importa o nosso passado. Seja ele excelente, ou miserável. O que é determinante para cada um de nós é o presente e o futuro.
Não me parece salutar, vivermos amarrados a um passado de decisões, acções, conceitos, que nos molestam e ferem.
Apesar de todos os condicionalismos de ordem genética, social e cultural, creio que é possível, ter uma "nova natureza". Creio que é possível mudança, que é possível adquirir um sentimento de nova oportunidade e esperança, "deixando o que para trás fica, prosseguindo para o alvo" que adiante se encontra.
Um alvo de vida próspera, "limpa" e com sentido.
É esta a minha convicção, espero que seja também o vosso desejo.

2005-06-17

Dúvida existencial!

Porque será que a "função pública" faz sempre greve à 6.ª feira?

No colo do infinito fica o tempo com o rosto velado, T. Formenti


“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu;
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz."
in a Bíblia

E agora, é tempo de ir de fim-de-semana.

2005-06-16

Olhe que não Dr., olhe que não!

Confesso a minha estupefacção, face ao que se tem visto e lido na comunicação social nos últimos dias.
Parece-me absolutamente ignóbil a campanha de branqueamento de imagem que tem sido levada a efeito pelos media..
Encontramo-nos numa sociedade em que a morte "santifica" tudo e todos.
Não importa os valores que se defendem, não importa os meios que se utilizaram, não importa a manipulação, nem as tentativas de perseguição, o que importa é a "coerência" a esses mesmos valores.
Apesar de todos os dados históricos apontarem para a falência de valores ardilosamente esgrimidos como defensores da liberdade e da democracia, quando verdadeiramente na prática traduziram-se numa atroz negação desses mesmos princípios, a teimosia, a obsessão, a arrogância de alguns impedem a clarividência das coisas.
Nada tenho contra a divergência e o pluralismo político, pois considero-os a base para o funcionamento do sistema democrático, mas parece-me de todo incompreensível que volvidos 31 anos a memória de alguns portugueses tenha ficado tão curta.
Afinal o que importa é o politicamente correcto. Olhe que não Dr., olhe que não!
Estou incomodado?
Concerteza. Incomoda-me o anacronismo, incomoda-me a falsidade.

2005-06-08

A verdade da mentira

Um dos primeiros conceitos que aprendemos na nossa existência, prende-se com a diferenciação entre a verdade e a mentira.
No início, parece fácil, mas à medida que crescemos, somos confrontados cada vez mais com quase-verdades, o que torna a nossa capacidade de discernimento bem mais falível.
Umas vezes optamos conscientemente por escolher a mentira, outras vezes, assumimos quase verdades como verdade, outras vezes procuramos sem preconceitos a verdade das coisas.

Ninguém gosta verdadeiramente de se sentir enganado, pelo que é comum que ultrapassemos este problema determinando aquilo a que chamaria a verdade da mentira. Este conhecimento parcial acaba por ser suficiente, levando contudo ao engano auto-induzido
Uma falsidade repetida indefinidamente assume carácter de verdade: imagem de verdade distorcida, reflexos de premissas dúbias, figura tosca do verdadeiro.
E pronto, logo passamos a ter a nossa "verdade da mentira".
Muitas vezes ela aparece camuflada e envolvida num invólucro de pseudo-ciência, outras vezes reveste-se de uma capa de religiosidade, outras vezes ainda pelo que está socialmente pré-determinado.

Eu só concebo a Verdade neste contexto: uma verdade que produz vida e esperança; uma verdade que não valoriza o exterior mas sim o interior; uma verdade que atenta para o indivíduo no particular; uma verdade inteligível até pelas crianças; uma verdade que ilumina, orienta e traz propósito; uma verdade que produz aceitação; uma verdade que gera justiça; uma verdade que aperfeiçoa; uma verdade não apenas da mente mas também do "coração"; uma verdade de certezas e convicções; uma verdade de excelência e de conhecimento; uma liberdade que liberta.


"e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará",
da Bíblia

2005-06-06

Importante ou urgente?

Como seres humanos, encontramo-nos limitados tanto espacial como temporalmente, pelo que sempre temos que fazer escolhas.
A questão de diferenciar o que é importante do urgente, torna-se absolutamente primordial.
No nosso quotidiano vivemos consumindo recursos que, dependendo da correcta definição destas duas variáveis, levará a um sentimento de maior ou menor realização da nossa existência.
É essencial a sua clarificação.

A "lei de Segal" diz-nos que:
"um homem com um relógio sabe que horas são; um homem com dois relógios, nunca tem a certeza!"
Muitas vezes, tendemos a alternar entre dois "relógios", o que leva inevitavelmente à desorientação e desnorte, à existência sem rumo!
Eu sei qual é o meu "relógio", que me faz distinguir claramente o que é importante, do que é urgente, o essencial daquilo que é complementar, o eterno do imediato, isto é, em primeira instância a vida... da morte.
Só assim é possível ter uma "vida com outro sabor".

2005-06-03

100.000.000 €

Não, não é próximo prémio do Euromilhões, é o valor do Orçamento da Assembleia da Répública (mais coisa, menos coisa) para este ano.

E ainda tem um pequeno acréscimo, dado que no ano passado não se gastou o valor orçamentado, pelo que transitou para este ano.

Considerando que parte substancial deste Orçamento se destina a remunerações (directas e indirectas), um pouco de decoro não ficava mal meus senhores, não sei digo eu!

2005-06-02

Evasões

Na linha do horizonte procuro a resposta
No infinito do momento busco solução
No desespero da indiferença, assomam-se as trevas
Angustiosa vertigem, atroz alucinação.
Apático e desconfortável, sento-me na quietude do tempo
Sinto saudosamente a fragrância que ecoa dos momentos vividos
A mente diverge numa mescla de direcções:
O ontem, que foi hoje, que fora amanhã!

Então, tudo parou.
Olhei para cima e a salvação chegou.
Do caos veio ordem, no tenebroso vazio a claridade vingou.
Agora tudo faz sentido!
Sim, Tu sempre estás presente, mesmo quando eu estou ausente de Ti.
Sim, Tu sempre as tuas mãos estendes e tocas meu interior.
Ouviste o meu lamento e o meu sussurrar na multidão,
Vieste até mim e mitigaste meu coração.
Obrigado. Mil vezes obrigado.
Obrigado por estares,
Obrigado por seres Tu...
Obrigado, Deus meu!

2005-06-01

É possível colorir o Mundo


"Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a" - Goethe

1 de Junho, Dia Mundial da Criança

2005-05-31

Olá vizinho!

Hoje é o Dia da "Boa Vizinhança".

Vá lá, sejam bons vizinhos (pelo menos hoje). ;))

Tomem a iniciativa e dêem o exemplo!

2005-05-30

Onde estás?

Curiosa incógnita, impele a descoberta.
Onde estás? Na vida ou na morte...
Onde estás? No alto do desfiladeiro, na penumbra do ocaso, no centro do mundo!
Onde estás? Aqui, ali, aquém, além.
Onde estás? A imagem do passado, fragmentos do corruptível, memória do venal.
Onde estás? No ribombar da tempestade, no lacrimejar do infante, na agrura da dor, no definhar do crepúsculo.
Onde estás? No tempo contado, na esperança sofrida, no devaneio desregrado.
Onde estás? Na alucinada dispersão, na volupia ocre, no impecável virtuosismo.
Onde estás? Ataviado pelo coração, abnegado pelo altruísmo, seduzido pelo vulgar.
ONDE ESTÁS?

Esta mesma pergunta foi colocada no princípio dos tempos.
"Onde estás Adão? Onde estás Eva?"

E tu? Onde estás?

"Todos os homens têm de morrer, mas nem todos vivem, de facto"
-William Wallace in Brave Heart

AH Vitória!


Vitória hoje escreve-se com S.

Parabéns sadinos. A vitória foi merecida.

2005-05-25

Para reflectir


O dinheiro pode comprar uma casa, mas não um lar;
O dinheiro pode comprar uma cama, mas não o sono;
O dinheiro pode comprar um relógio, mas não o tempo;
O dinheiro pode comprar um livro, mas não sabedoria ;
O dinheiro pode comprar comida, mas não apetite ;
O dinheiro pode comprar posição, mas não respeito;
O dinheiro pode comprar sangue, mas não vida.

O dinheiro não é tudo!
Por isso se tiverem dinheiro a mais, mandem-no para mim. :)

2005-05-24

O exemplo vem de cima

Desde crianças que somos impelidos a seguir paradigmas e exemplos.
Somos levados a adoptar os "modelos" que nos transmitem, acabando por os assimilar tanto de forma activa como passiva. No entanto, umas vezes aceitamo-los, outras vezes rejeitamo-los e criamos modelos alternativos!
Nesse processo de aprendizagem, temos ademais das vezes como referências, aqueles que se colocam em posição de destaque perante nós: pais, amigos, professores, chefes, desportistas, "artistas", políticos, religiosos, filósofos, homens de negócios...
Consideramo-los como exemplos que vêm de cima.
No entanto, quantas vezes, esses estereótipos não passam disso mesmo... de "imagens de marca" despidos de conteúdo e substância, que nos levam ao caos e nos mergulham na dúvida e incerteza.
Procuremos pois exemplos que vêm verdadeiramente de cima, que não enfermam de uma verborreia infinita, mas que na sua aplicação prática preenchem o vazio da alma e do espírito, e que dão forma e luz ao corpóreo e material, porque têm origem no Criador de todas as coisas.

É verdade. O exemplo vem mesmo de cima. Esse exemplo é Jesus!

2005-05-20


p Posted by Hello

Fugir em frente

Alguns dias atrás, estava a ver um documentário sobre os Descobrimentos Portugueses, do ponto de vista de um historiador espanhol. Embora muitas vezes tenha ouvido que "Portugal deu a conhecer novos mundos ao Mundo", o relato feito por esse historiador, veio dar uma nova relevância a este facto.
Na verdade, fomos um povo destemido e oudaz.
Hoje, pelo contrário, vivemos numa letargia cultivada por uma mentalidade de escape e de fuga, que nos aprisiona e devora.
Vivemos na era do "fast-living". "Fast-food", "Via Verde", "fraldas descartáveis"... privilegiamos acima de tudo o que é efémero.
As relações sociais e afectivas, são nutridas por relações mais ou menos equívocas de interesses momentâneos, visando a obtenção de resultados imediatos.
No imediatismo procuramos soluções para tudo aquilo que nos preocupa e aflige, sem contudo dedicarmos o tempo necessário a que nos possamos contextualizar na família, na sociedade e no mundo. Do Estado, detemos uma visão paternalista.
Perdemos a ambição de nos projectarmos no futuro, de construirmos obras perenes e que prevaleçam, não obras de "madeira, de feno ou palha" que para nada aproveitam.
A eternidade deixou de fazer parte do nosso vocabulário e muito menos do nosso horizonte. Caminhamos, caminhamos, numa fuga desenfreada... Em frente... rumo ao "nada".
Reduzimos a nossa existência a uma mera vivência de 70 ou 80 anos.
Talvez isto vos satisfaça e realize. A mim, não!
Acredito que cada um de nós faz parte de uma causa maior que transcende a nossa própria existência.
Tal implica necessariamente ter um propósito de vida, o caminho percorrer, para um destino atingir.
Eu já encontrei essa causa, esse Caminho.
Faço votos que vocês também.

2005-05-18

"Stressado", eu?

A utilização de anti-depressivos e ansiolíticos, está atingir em Portugal níveis preocupantes, começando a atingir uma dimensão que se eleva ao nível de perturbações na "saúde pública". Na sua génese estarão causas bem diversificadas (as quais não as considerarei agora), mas aproveito para partilhar alguns princípios que me têm ajudado a ultrapassar situações de tensão e "stress", esperando que sirvam de ajuda.
1) Defina bem o problema que o aflige. Uma boa identificação do problema, será meio caminho para a sua resolução. Em estados de alta ansiedade, muitas vezes focalizamos a nossa atenção na "árvore" e perdemos de vista a "floresta", pelo que perdemos a perspectiva correcta do problema;
2) Separar os factos dos pressupostos. Como ninguém sabe o que vai acontecer no dia de amanhã, tendemos a pensar que aquilo que irá acontecer será o pior. Um exemplo: já viram como na previsão do tempo, aquilo que é salientado sempre é a possibilidade de ocorrência de mau tempo, ainda que seja uma probabilidade muito pequena que esteja em causa?. Por isso focalize a sua atenção para aquilo que é real e não para aquilo que pode vir a acontecer;
3) Determine a sua capacidade de intervenção. Ou seja, você é responsável sobre aquilo que tem capacidade e meios para controlar, não sobre o que não pode ou não consegue controlar;
4) Enumere as suas responsabilidades. Faça uma lista daquilo que pode fazer para influenciar a resolução do problema. Em seguida, aja em conformidade;
5) Uma vez determinada essa responsabilidade, veja em que medida pode ajudar outros. Ao desviar a atenção de si próprio vai estar a contribuir para o bem dos outros o que irá também trazer-lhe paz interior;
6) Depois disto tudo, relaaaaaaxe...

2005-05-17

Israel - Aniversário


No passado dia 14 de Maio, celebrou-se o aniversário da Fundação do Estado de Israel com a Declaração de Independência proferida por David Ben Gurion, em 1948.

Não gostaria de deixar de passar esta data sem referência.
Parabéns a todos os israelitas (judeus e não judeus)!

2005-05-16


SLB Posted by Hello

E Pluribus Unum

Vá lá, vá lá, não sejam maus perdedores e dêem os parabéns ao Benfica.

Como benfiquista, apenas posso estar contente pela vitória frente aos 'lagartos'. Embora convenhamos que, ao Sporting exigia-se naturalmente mais!
Esperemos que os jogadores e o club na sua globalidade, façam jus ao seu lema: "E pluribus unum", o que significa qualquer coisa como "de todos, um", ou "um, entre todos".

Curiosamente, verifiquei que nunca tinha reflectido muito sobre este lema do meu club. Este mesmo lema, encontra-se noutras instituições, nomeadamente relacionado com a fundação dos Estados Unidados da América, traduzindo um sentimento de unidade e integração.
E é este ideal, que gostaria hoje de realçar: a unidade.
Cada vez mais os esforços de unidade, têm sido esmorecidos por factores de desagregação e exclusão.
O Homem, como ser único e inigualável, detêm uma capacidade em si próprio exponencialmente produtiva e simultaneamente destrutiva.
A sua preservação, só poderá ser bem sucedida se tiver como base a unidade.
Portugal, enfrenta presentemente problemas estruturais graves, que abrangem não só factores economicistas (de crescimento, de redistribuição de riqueza, de competitividade), mas também de desarticulação social e espiritual.
Importa estabelecer um desígnio nacional, por forma a que o legado que deixarmos para as gerações futuras, seja um legado positivo e de alcance nas diversas áreas da componente humana, privilegiando a unidade na diversidade, repeitando as idiossincrasias próprias do indivíduo.

Como é que tal é possível? Pelo desenvolvimento a que chamaria de uma "cultura de amor" e não de competição. De integração e não de rivalidade ou "ostracização".

Quando olhamos para o nosso semelhante, que vemos nós? Um competidor de nós mesmos, ou alguém aquém devemos "abraçar".
Ideais "demodés"? Não me parece, contra a corrente... concerteza!



"Procurai conservar a unidade do Espírito, por meio do vínculo da paz..." in a " Bíblia"

2005-05-13

Porque sou "mariano"


Hoje, era incontornável não escrever sobre Maria.
Esta mulher, traz ao nosso imaginário uma dimensão maternal, numa sociedade dominada pelo sentimento patriarcal.
De vivência casta, de pureza e de santidade, ela é um exemplo para nós. E porquê? Porque teve a perspectiva absolutamente certa do divino.

Referindo-se a Jesus, numa circunstância embaraçosa e aparentemente insolúvel ordenou: "Fazei tudo quanto Ele vos disser"
Esta é ainda hoje a mensagem de Maria. Atentemos para ela.
Esta é a razão pela qual sou "mariano".
Muitas vezes seguimos caminhos de fé, tão desprovidos de racionalidade que facilmente poderemos caír em fanatismo desprovido de propósito.
Se queremos cumprir as palavras de Maria, atentemos para aquilo que Deus requer de nós: "obediência e não sacrifício".

2005-05-11


Posted by Hello Edvard Munch, "O Grito"

O Grito

Grito, subs. masc., voz emitida com força para se ouvir ao longe; clamor; brado.
in Dicionário Universal de Lingua Portuguesa, Texto Editora


Muitos são os gritos que cada um de nós tem dado.
Logo ao nascermos, fazemos questão de nos ouvirmos e fazermos ouvir.
E isto, é só o princípio de uma longa caminhada.
Muitas são as razões que nos levam a exprimir desta forma as nossas emoções.
Alegria, revolta, susto, incitação, aclamação, contestação... tantas e tão diversificadas razões nos impelem de forma compulsiva, intuitiva ou controlada a expressar-nos de forma tão contundente.

Contudo, os gritos que encontramos ao nosso redor, nem sempre são audíveis ou perceptíveis. Às vezes, são gritos ensurdecedoramente silenciosos.
Gritos que escondem uma realidade interior obscura e dramática. De vivência sem resposta e sem solução. De encruzilhada, de desnorte, de degradação.
Conseguimos nós ainda apercebermo-nos destes sons incomodativos, ou tornamo-nos perfeitamente autistas, rodeados e bem protegidos pela nossa capa de auto-preservação, sem nos deixarmos afectar "pela desgraça alheia"...
Será que nos tornamo tão egoístas, que apenas nos preocupamos com as circunstâncias à nossa volta, tão somente na medida em que estas nos podem afectar?

Há um grito que ficou conhecido na História e que ainda hoje ecoa: "ESTÁ CONSUMADO"!!!"
Que alcance, que conquista, que satisfação.
Este grito encerrava em si mesmo, todos os gritos de cada um de nós.
Este estado de realização, de posse, de domínio, de vitória.
Este grito é um grito de vida.

Quem teve esta ousadia, de minutos antes da sua morte fazer tão grande declaração? Jesus Cristo.

Porque Ele tinha ouvido os nossos gritos silenciosos, estava ali a pagar o preço, para que cada um de nós não tivesse que gritar jamais...


"...quem pena, forçado lhe é gritar, se a dor é grande.
Gritarei; mas é débil e pequena a voz para poder desabafar-me, porque nem com gritar a dor se abrande. Quem me dará sequer que fora mande lágrimas e suspiros infinitos iguais ao mal que dentro n'alma mora? ..."

Luis Vaz de Camões, in Canções e Elegias

2005-05-09

Tradicionalismo vs progressismo

Uma das grandes clivagens que a sociedade ocidental tem vivido nos últimos séculos, revela-se na dialéctica constante entre o tradicionalismo e o progressismo.
Muitos argumentarão a favor de uma, outros a favor de outra 'tendência'. Eu particularmente, como em tudo na vida, defendo o desejável equilíbrio.
Quer queiramos quer não, a sociedade em que vivemos baseia-se numa ética judaico-cristã.
Negar esta evidência, será negarmos a nossa origem.

Um exemplo:
Os valores de liberdade, igualdade, fraternidade - grandes ícones da Revolução Francesa - considerados progressistas para a data, traduziram-se na aplicação prática, dos conceitos judaico-cristãos do passado (tradicionalistas). De pronto poderemos argumentar que o surgimento da Revolução Francesa ocorreu devido à aplicação dos princípios absolutistas vigentes até à data. No entanto, se analisarmos a questão com verdadeira honestidade intelectual, veremos que o que se verificava era exactamente a preversão desses mesmos valores, a coberto de uma autoridade régia e eclesiástica imposta pela subjugação das liberdades individuais.

Desta forma, defendo que é urgente promover os valores tradicionais da sociedade europeia. Valores absolutos que derivam de VERDADES ABSOLUTAS. Valores como: a dignidade da vida humana, o primado da lei, a família, o respeito pelas autoridades instituídas, a bondade, o amor, a tolerância, a alegria, a paz, a justiça... enfim, tudo o que contribui indubitavelmente, para a melhoria da qualidade de vida de todos nós.
Serão estes valores apenas palavras bonitas, componentes de uma realidade idílica e surreal?
Julgo que não. A sua concretização é responsabilidade individual de cada um de nós.

Portugal encontra-se na véspera de levar a referendo a temática da "Constituição Europeia". Ignorante quanto à substância do tratado na sua generalidade, gostaria no entanto de salientar a ausência de referência a 'Deus' no respectivo tratado.
Será este mais um sinal 'progressista' da sociedade que estamos a construir?
A ausência do divino, no quotidiano de todos nós, tem ajudado a elevar o Homem a um plano superior, mais sublime, de realização pessoal e coletiva...?

Quanto a mim gostaria, de pensar que sou tradicinalista na substância e progressista na forma, quanto a vocês...

2005-05-06

Intro

Olá a toda a comunidade bloguista.
Hoje nasce mais um blog. O MEU blog.
"Destino: século XXI"?
"Que nome para dar-se a um blog !"- pensarão alguns.
A razão tem a ver com o facto de acreditar que todos nós, temos um destino em comum, o qual deverá ser alcançado no século que agora se iniciou, logo, que título mais sugestivo que este?
Será um espaço escrito por gente 'comum', para gente 'comum', esperando contudo que não seja um 'lugar comum'.
Do que falaremos?
De tudo... e de nada.
Do global... e do particular.
Do abstracto... e do concreto.
Do racional... e do emocional.
Do ruído... e do silêncio.
................................................
Enfim, da vida de todos os dias...

Porquê um blog?
Porque acredito que a vida só poderá ser realmente vivida, quando partilhada!

E já agora, a todos os curiosos que porventura por aqui passarem, já que entraram, não deixem de se fazer notar.