2010-02-25

Pordata: informação estatística relevante sobre Portugal

O projecto Pordata prevê disponibilizar os dados estatísticos em três fases principais: para Portugal (1.ª fase), para Portugal e países da UE 27 (2.ª fase) e para as regiões e municípios portugueses (3.ª fase). O vector comum a toda a informação apresentada é o tempo. Publicada sob a forma de séries cronológicas, a informação incide sobre um longo período, que se inicia, sempre que possível, em 1960 e se prolonga até à actualidade.
Assim, o Pordata é um serviço público, um projecto destinado a todos, pensado para um vasto número de utentes que comungam do interesse em conhecer, com confiança e rigor, mais sobre Portugal.
São doze os temas com que se inicia a Pordata: População; Saúde; Educação; Protecção Social; Emprego e Mercado de Trabalho; Empresas e Pessoal; Rendimento e Despesas Familiares; Habitação e Conforto; Justiça; Cultura; Contas Nacionais; Contas do Estado. Cada um destes temas está subdividido em vários subtemas, que incluem múltiplas séries de dados estatísticos. Estes dados podem ser visualizados sob a forma de tabelas,de gráficos estáticos e dinâmicos. Há ainda a possibilidade de os dados serem transformados automaticamente em indicadores habituais (como as percentagens ou as variações) e, de se converterem os valores de preços correntes em preços constantes.
Uma ferramenta indispensável para quem quer conhecer melhor o País.

2010-02-18

Duro de ouvido

Recentemente fui forçado a colocar em causa os meus gostos musicais. Há algum tempo atrás farto de confundir o toque do meu móvel com os outros milhares de "Nokias" que por aí pululam, decidi colocar como toque uma música que dificilmente outros a conseguiriam obter. Assim foi... O facto é que nunca mais confundi o "meu toque" com o dos outros. Embora quem estivesse próximo de mim desse saltos inusitados quando o telefone tocava, nunca liguei muito...
Assim, quando passava recentemente junto a umas obras confundi o som ensurdecedor de uma rebarbadeira a funcionar com o toque do meu telemóvel. Conclusão imediata: ou eu estou "duro de ouvido" ou os meus gostos musicais deixam muito a desejar.
Esta mania de querer ser "diferente" nem sempre abona a meu favor.

2010-02-09

Fábula... ou talvez não!

Uma galinha encontrou alguns grãos de trigo e disse aos vizinhos: “Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer ajudar-me a plantá-lo?”“Eu não, estás parva !” - disse a vaca. “Nem eu, tenho mais que fazer !” - emendou o pato. “Eu também não” - retorquiu o porco.
“Eu muito menos” - completou o bode. “Então, eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez.
O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados. “Quem me vai ajudar a colher o trigo?” - quis saber a galinha.
“Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido” - disse o pato. “Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo” - disse o porco. “Não. Depois de tantos anos de serviço, nem pensar”, - exclamou a vaca. “Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego” - disse o bode.
“Então, eu mesma colho” - disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria. Finalmente, chegou a hora de amassar o pão. “Alguém quer me ajudar a cozer o pão?” - indagou a galinha.
“Eu deixei a escola e não aprendi como o fazer! Além disso ganho bem com a 'passa' !” - disse o porco. “Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença” -continuou o pato. “Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação” - resmungou o bode. “Só se me pagarem horas extra” - exclamou a vaca.“Então, eu mesma o faço” - exclamou a pequena galinha.
Cozeu cinco pães e pô-los a todos num cesto para que os vizinhos pudessem ver. De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente: “Não! Vou comer os cinco pães sozinha”.
“Lucros excessivos, sua agiota!” - gritou a vaca. “Sanguessuga capitalista!” - exclamou o pato. “Eu exijo direitos iguais!” - bradou o bode. O porco grunhiu: - A Paz, o Pão, Educação, são para todos! Direitos do Povo! Então pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e marcharam em protesto contra a galinha. Afinal de contas sempre viviam num país democrático.

2010-02-01

Chorar com os que choram

Confesso que esta é uma das minhas maiores dificuldades: a identificação com a dor do outro. Não porque não consiga estabelecer a "ponte" para essa margem mas porque a prevenção face ao "consolo molesto" tem uma importância talvez demasiado grande para mim. Assim, o silêncio e o estar presente é tudo quanto posso oferecer. Mas quantas vezes tal não é suficiente...