2005-11-30

Cuidado com o "lobo mau"

Imaginem qual o resultado que obteriamos se reescrevessemos a história dos "Três Porquinhos e do Lobo Mau", mas agora, do ponto de vista do lobo!
Este exercício, na verdade já foi feito e traduziu-se na edição do livro "A Verdadeira História dos Três Porquinhos", de Jon Scieszka o qual tornou-se rapidamente num "best-seller" dos livros para crianças.
Na história revista, o lobo argumenta que não era sua intenção ter "lombo de porco" para o jantar, nem que estava à procura de um belíssimo presunto "pata negra", mas que havia sido enganado por três porcos egoístas.
Inocentemente acrescenta, que tinha apenas saído para pedir emprestado uma chávena de açúcar para fazer o bolo de aniversário da sua avó. Ele estava a espirrar (e não a soprar) quando a casinha de palha veio abaixo. Etc., etc., etc...

Neste livro que acabamos por considerar hilariante e divertido, podemos facilmente identificar os argumentos distorcidos do lobo, porque conhecemos a história verdadeira. Mas, somos nós também capazes de ver através da lógica de mentira com que todos os dias somos "bombardeados" e abordados?
Não estaremos demasiadamente vulneráveis e expostos, sobretudo nos factos que se relacionam directamente com a nossa existência e o nosso propósito de vida?
Os argumentos distorcidos "do lobo", adquirem particular aceitação quando os mesmos alimentam o nosso "umbigo" e os nossos desejos egoistas.

É caso para dizer: "Cuidado com o lobo mau"!

2005-11-28

Expressões de amor

Uma das necessidades básicas que cada um de nós tem é a necessidade de aceitação.
Precisamos de ser aceites na família, no grupo de amigos, na organização a que pertencemos, por mais "eremita" que nos consideremos.
Esta necessidade de aceitação traduz-se na criação e desenvolvimento de afectos e na criação de sistemas de partilha.
Na sua essência, não é mais do que uma expressão egoísta, mas absolutamente essencial.

No entanto a aceitação que exigimos aos outros, nem sempre a oferecemos nós aos demais. Aliás, grande parte das nossas decisões são orientadas sobretudo para a rejeição.

Se conseguissemos estabelecer uma escala para quantificar o grau de rejeição de determinada circunstância, decerto concluiriamos pelo estabelecimento de uma relação de proporcionalidade directa entre a rejeição e o "valor" do objecto rejeitado. Ou seja, quanto mais alto o "preço", maior a rejeição!

No Natal que se aproxima, que a aceitação seja a característica de cada um de nós. Afinal de contas, o Natal é acima de tudo a expressão de uma "oferta" de amor. Saibamos pois recebê-lO como tal.

2005-11-24

Transplantes

Celebra-se este ano 10 anos do primeiro transplante renal realizado com êxito em Portugal.
Para o doador foi a confirmação da morte esperada, para o receptor do orgão, a possibilidade de ver os seu dias acrescentados.

Sem "morte", é impossível produzir nova vida. Também neste caso, assim foi.

"Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto."

- da Bíblia

2005-11-22

Harry Potter de volta ao "grande ecrãn"

Tal como esperado, a estreia do novo filme da "saga" de "Harry Potter" revelou-se em mais um estrondoso sucesso de bilheteira nos "estates". Os fãs portugueses terão que esperar mais uns dias.
Já lá vai o tempo em que os elementos do nosso universo fantástico infanto-juvenil (e não só) era povoado de personagens em que claramente se identificavam os "bons e os maus", concorrendo para que se afirmassem as noções do bem e do mal.
Hoje, esses ícons surgem mesclados. Hoje, a "escola de feitiçaria" de Harry Potter encarna "positivamente" os "bons da fita", sendo o seu notável representante o herói incontestado.
As práticas "obscurantistas" do passado, são hoje publicamente elevadas.
Sinais dos tempos...

2005-11-17

"Healing Rain"

"Vernaculidades"

Diz o pai para o filho: "Já viste o 'traque' do ano?"
"'Traque' do ano pai?" - respondeu o filho, sem perceber muito bem e com um risinho envergonhado.
Afinal o "truck" do ano era um camião: o MAN TGL, eleito "camião internacional do ano 2006".

2005-11-16

"Redoxon"

"(...) Oh! Mãe, já tomei "Redoxon".
"Já tomaste 'Redoxon', já podias ter dito!"
Este é daqueles "spots" publicitários que me fazem sorrir sempre que o ouço. Talvez por me levar a viajar no tempo até à adolescência...

Muitas vezes esta insistência no não querer ouvir, não prestar atenção ao reparo dos outros se repete vezes sem conta connosco.
O reconhecimneto do erro impõe-se, o ouvir com humildade a voz amiga que nos mostra o outro lado, a advertência cautelosa de quem vê as coisas numa perspectiva distanciada é necessária, para quem não quiser permanecer no erro.
Saber ouvir, é pois obrigatório. Não apenas palavras de lisonja, ou só aquelas que nos agradam, mas também aquelas mais custosas e dilacerantes que apesar de duras, sabemos que são justas.
Até porque, tal como dizia Denis Diderot: "os erros passam, a verdade fica".

2005-11-13

13 Novembro - Dia da Bílbia

"A Bílbia contêm a mente de Deus, a condição do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores, a felicidade dos cristãos. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis.
Leia-a para ser sábio, creia nela para estar seguro e pratique-a para ser santo.
Ela contêm luz para dirigi-lo, alimento para sustê-lo e consolo para animá-lo.
(...)
Por ela o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno descobertas.
Cristo é o seu grande tema, nosso bem o seu intento, a glória de Deus a sua finalidade. Deve encher a mente, governar o coração e guiar os pés. (...)
É uma mina de riqueza, um paraíso de glória e um rio de prazer."
- Os Gedeões Internacionais

2005-11-11

Festa da Luz


À primeira vista poderiamos pensar que seria mais uma iniciativa do "glorioso" enquadrada nos festejos do "centenário". Infelizmente assim, não é!
Amanhã dia 12 de Novembro, a cidade de Lisboa será "consagrada" a Maria, mãe de Jesus.
Interessante, que aquele que se afirmou como a VERDADEIRA LUZ, seja teimosa e constantemente enviado para a "SOMBRA", de Maria.

A todos que se assumem como cristãos desafio a que atentem para as prioridades que o catecismo aponta.
JESUS deve ser a prioridade, o baluarte, o único digno de relevância.
Tal como na alegoria da caverna de Platão, rejeitemos "as sombras" e coloquemos em primeiro lugar aquele que é a LUZ.

2005-11-10

Presente envenenado?

Na edição de hoje do "Público" podemos ler: "Segurança Social pode absorver fundo de pensões do Millenium BCP".
Pasmem-se os mais incrédulos, 4.000 milhões de euros, qualquer coisa como 2,9% do PIB previsto para 2005, podem entrar directamente nos cofres da SS. Ora, sabendo nós que à banca não se lhe reconhece particular pendor voluntariamente contributivo a iniciativa do BCP fez-me de imediato "arrebitar" as orelhas.
Sabendo que os fundos de pensões são na sua generalidade bastante apetecíveis pelas "financeiras", na medida que acabam por ser utilizados nas mais diversas operações de especulação financeira, considerando ainda que esta transferência acarretará acréscimo de custos directos para as entidades bancárias através do aumento das suas contribuições sociais, a medida não deixa de ser estranha, sobretudo vinda de onde vem.
Ou seja, de forma muito simplista: ou a liquidez a médio prazo destes fundos está comprometida e então aquilo que eventualmente possa ser visto como interessante para a Segurança Social no curto prazo, venha a traduzir-se no médio-longo prazo num agravamento da débil sustentabilidade já existente, ou então, as investigações policiais em curso a várias instituições bancárias já está a dar fruto e têm que ser paradas, "seja de que forma for"...
A ver vamos!

2005-11-09

2005-11-08

Sabonetes

Peripécias de 3 amigos em viagem:
"Três amigos brasileiros viajavam para Singapura onde iríam fazer um curso de "Liderança". Como a viagem era muito longa, fizeram escala em Paris, onde ficaram 48 horas. Após o descanso, apanharam outro avião que os levaria ao destino, com escala nos Emirados Árabes. Durante o primeiro percurso, quando um deles foi ao "toilette", percebeu que além dos perfumes franceses para uso geral, havia também pequenos sabonetes para uso individual, e de excelente aroma. Ao voltar ao lugar, comentou com os outros dois, que havia trazido uma meia-dúzia dos tais sabonetes, que levaria como 'souvenir' para amigos, quando do seu regresso ao Brasil. Os amigos resolveram fazer o mesmo, mas, um deles, excedeu-se e trouxe mais de trinta!!!
Riram-se da situação e depois esqueceram o assunto e procuraram descansar, pois, a viagem era muito longa. Após cerca de quinze horas de viagem, um deles ouviu uma mensagem através do altifalante do avião que o deixou preocupado. A mensagem era em francês e só pode entender o final:
-Sr. Barbosa, Sr. Couto e Sr. Da Silva...
Acordou os outros amigos e comunicou-lhes o facto. Eles disseram que estava a imaginar coisas e que devia ter compreendido mal. Por que falariam nos seus nomes numa viagem daquelas, num jumbo com mais de 300 passageiros a bordo? Sabiam que iriam repetir a mensagem, agora em Inglês e ficaram à espera... Novamente ouviram a mensagem que dizia:
-Atenção Srs. Barbosa, Couto e Da Silva! Estamos a preparar-nos para aterrar no Bahrein... Esperem que todos os passageiros deixem o avião, peguem nas suas bagagens de mão e apresentem-se ao Comandante!
Ficaram gravemente preocupados. O que teria havido? Porque chamariam apenas seus nomes? Um dos amigos lembrou-se então dos"sabonetes":
"-Será que foi por causa dos sabonetes? Eu vou devolver tudo!!!"
Nem sorrir conseguíam!
O avião aterrou... esperaram que todos saissem e foram, então, até ao comandante. Ao aproximarem-se da parte dianteira do avião, viram o comandante de pé, uma hospedeira ao seu lado, e, de cada lado deles, três soldados, fardados e com metralhadoras nas mãos!!!
De preocupados passaram a APAVORADOS! Um dos amigos comentou:
"-Se formos presos aqui, nunca mais voltaremos para casa! "
O que tinha o Inglês menos mau foi incumbido de conversar com o comandante!!! Perguntou-lhe o que se passava e qual era o problema. Ao que ele respondeu:
"-Não há problema algum! É que temos três passageiros para embarcar aqui e não há lugares na classe econômica...Por isso, vocês que são os passageiros que vêm de mais longe, passarão para a "Primeira Classe" e darão os vossos lugares a eles..."
-Ufa!!!"

2005-11-07

Mais e menos

Aqui fica o contributo de J.P. para este blog:

"O homem é mais aquilo que não compreende do que aquilo que afirma. Isto é, faz-nos mais falta aquilo que não somos do que aquilo que somos".

Quando a floresta arde

Com este início de Outono chuvoso, a memória da seca de Verão e o flagelo dos fogos florestais, vai-se desvanecendo a pouco e pouco das preocupações de todos nós.
Na catástrofe nacional que se verificou neste Verão, facilmente podemos identificar 3 factores causais: alterações climáticas, traduzindo-se em altas temperaturas e seca; aplicação de uma política nacional de "monocultura" florestal; desarticulação e insuficiência dos meios para um combate eficaz às chamas.
Também nós na vida, muitas e muitas vezes somos circundados por "fogos" que nos "queimam". Num ápice, parece que perdemos tudo: relacionamentos que levaram anos a construir, esvaem-se diante de nós; "status quo" adquirido que é questionado e desrespeitado; expectativas de carreira defraudadas... Situações adversas que nem sempre entendemos.
Impotentes, assistimos a que o "fogo" de tudo se apodere e que na sua passagem deixe apenas um rasto de destruição e ruína.
O facto é que muitos desses "fogos" são alimentados pela nossa própria secura interior. "Árvores" secas, com folhagem ressequida que ajudam à propagação desse mesmo fogo.
Outros decorrem de opções de vida erradas, decisões e caminhos percorridos que inevitavelmente viriam a atear "fogos" simultâneos e em diversas frentes, para os quais nos faltam recursos para os combater: a nossa capacidade de perdão, de tolerância, de discernimento ou de sabedoria. Ficamos exauridos, inférteis, despedaçados, impotentes face ao "fogo" demolidor!
Em momentos assim, vem à superfíe a nossa capacidade regeneradora e "reflorestadora". De fazer brotar novamente a semente que ficou e a partir das cinzas, recomeçar um novo ciclo, uma nova etapa, criando e gerando de novo vida.
O êxito desta acção será directamente proporcional da nossa proximidade de fontes de água, de "lençois freáticos" que limpem e nutram as sementes que escaparam à acção destruidora do incêndio.
Assim, a nossa capacidade de recuperarmos de um "incêndio" dependerá fortemente do quão arraigados estivermos ao rio da Vida.

2005-11-03

Modo "stand-by"

Se há pessoa a quem o provérbio "quem espera, desespera" se aplica, é a mim.
Já repararam a facilidade com que nos colocam à espera?
No trânsito, ficamos à espera.
Para levantarmos uma carta nos correios, esperamos.
Nas chamadas telefónicas colocam-nos em espera.
Vamos ao dentista, esperamos. Grrrrr..... eu simplesmente desespero!!!
A celeridade e rapidez de deslocação de pessoas e bens, a velocidade de circulação da informação trouxeram à "espera" um sentido fortemente negativo. Contudo, nem sempre o é.

Os tempos de espera, de amadurecimento e maturação trazem confirmação à nossa vida.
Trazem certeza de decisão. Trazem a possibilidade de colocarmos as questões a tratar em diferentes perspectivas, com o distanciamento suficiente para a sua correcta avaliação.
Quantas vezes o impacto das nossas decisões não são correctamente avaliadas, devido à sofreguidão da decisão no momento?
Contrariamente à máxima "mais vale uma má decisão, que uma não decisão" opõe-se a busca da decisão correcta e acertada, ainda que demore tempo.

Quantas vezes exigimos aos nossos relacionamentos que tenham a mesma prontidão do "fast food"? Quantas vezes a nossas opções se baseiam simplesmente a nível emocional... no "calor do momento"!
Tempos de espera fortalecem a nossa capacidade de decisão, evitam o erro. Consolidam a nossa confiança na certeza dos objectivos a atingir. Motivamos quem nos rodeia na prosssecução do objectivo comum.
Não desistimos ao primeiro sinal de dificuldade, porque, sabemos o que queremos, sabemos para onde vamos e sabemos o que fazer para lá chegar.

2005-11-02

Contemplações

A beleza de toda a criação, só pode ser verdadeiramente apreciada,
quando contemplamos a Pessoa que a criou.