2009-09-29

Uma questão de coerência

Recentemente numa conversa mesclada de castelhano, catalão, português do norte e "portunhol", o assunto virou para a temática do criacionismo e evolucionismo. A defesa do reduto evolucionista a páginas tantas evidenciava a preocupação face ao crescendo que a tese criacionista tem vindo a denotar. Na sua curial exposição respondia quanto ao porquê da sua preocupação: "Claro que me preocupo. Não quero de modo algum que haja a possibilidade dos meus netos virem a aprender na escola de que o Homem e o Mundo foi criado por Deus!" A minha resposta foi objectiva: "Como EU o entendo". Afinal de contas, essa foi uma uma das minhas preocupações enquanto pai, só que desta vez o que estava em causa era o "chorrilho" de pseudo-ciência que ainda hoje é ensinada nas escolas.
Aqui fica a pergunta: Para quando a possibilidade de opção dos alunos e encarregados de educação pelo ensino de um curriculum escolar criacionista?

2009-09-28

"A adega do fidalgo"

Diz o meu velhinho dicionário de estudante da P.E., na sua edição de 1975 que "fidalgo" é um indivíduo que tem títulos de nobreza, nobre, digno, generoso, de má boca. Achei curiosa esta última adjectivação. O epíteto assentava como uma luva neste restaurante da bairrada recentemente visitado. Este "fidalgo", com a sua petulância e sobranceria aparente, afinal, não era mais do que uma amarga experiência gustativa.
Mais uma vez, uma verdade universal se afirmava, uma boa "embalagem" não faz um bom "produto". De todo...

2009-09-25

Pérolas

O processo de "produção" natural de pérolas é deveras interessante. De uma forma simplista podemos afirmar que é a partir de um objecto exterior e estranho à ostra, que se aloja no seu interior, que irá dar início a todo o processo.
Quando um "corpo" estranho invade a ostra, este causa irritação no manto. A ostra para se proteger produz o nácar (madrepérola) que irá revestir esse "corpo" estranho. Este ficará aprisionado pelas sucessivas camadas de nácar que o vão revestindo e será desta forma que a ostra vai impedir que o dano se alastre. Estima-se que este processo pode demorar entre dois a três anos até que se chegue à "produção" final da pérola. As pérolas são assim, as únicas pedras preciosas que resultam do sofrimento e da dor.
Como seria bom que pudéssemos ver as "pérolas" que a dor de um momento pode vir a produzir no futuro!

2009-09-23

Lições de uma padeira

D. Luzia, padeira de profissão, encontrou no seu giro matinal de distribuição de pão 9.300 € em notas espalhadas no chão e algumas ainda dentro de uma pasta. Tinha-lhe saído o "pequeno milhões", pensarão alguns. Afinal levantar cedo no dia de ontem para ir trabalhar tinha valido a pena.
Enganam-se... Revelando uma inquestionável moral e desafiando os valores comuns e generalizados de "achado não é roubado", chamou a "Guarda" e entregou os 9.300 €. A GNR viria mais tarde a devolver a quantia ao proprietário.
"Eu não quero nada que não seja meu!" - afirmou.
Obrigada pelo seu exemplo D. Luzia.

2009-09-22

Escutas

Nunca o silêncio, valeu tanto, como nos dias de hoje. Pelos vistos ele é mesmo de ouro. Shhhh....

2009-09-21

Homossexualismo

Tenho para mim, que cada vez mais é difícil encontrar as "coisas" serem chamadas pelos nomes. Uma tergiversação cuidada pulula um pouco por todo o lado, rumo ao "politicamente correcto". Daí a motivação para a afirmação neste "post": Homossexualidade é pecado!
Pronto está dito.
Que arrogância, falta de amor, conservadorismo anacrónico, intolerância... hummm!
Ora como só conheço um livro que trate do Homem e do seu pecado (a Bíblia), o paradigma de base não poderia ser outro. Assim, para quem a Bíblia nada diz ou importa, certamente que não ficará ofendido com este "juízo", afinal, o que é que importa aquilo que a Bíblia afirma?
Para os demais, talvez valha a pena questionar os "lugares-comuns" de uma sociedade que de tolerante com a orientação sexual individual se está a tornar rapidamente numa sociedade incentivadora do comportamento e orientação homossexual.

2009-09-18

Uma razão que crê...

Recentemente 'tive' que reler o livro "A morte da razão", de Francis Schaeffer. Volvidos cerca de 25 anos após a sua primeira leitura, reconheço que muitos dos conceitos explicitados que na altura me pareceram insondáveis, hoje surgiram com uma clareza surpreendente. Acresce ainda que pude testar o meu sentido crítico face a algumas afirmações produzidas.
Concluindo, há coisas que só iremos desfrutar na sua plenitude na medida em que ocorrer o respectivo processo de crescimento e amadurecimento individual. Então, uma pergunta se levanta: quantos 'tesouros' se encontram ainda por descobrir à espera da maturação necessária para o seu reconhecimento?

2009-09-17

Aprender, crer, agir, ir

Aquilo que aprendemos, determina aquilo em que cremos. Aquilo em que acreditamos, determina o que fazemos. O que fazemos determina o nosso destino.

2009-09-16

Gostei



Tenho que confessar que gostei deste "revisitado" Gato. Apesar dos constrangimentos evidentes em diferentes momentos dos dois primeiros entrevistados, com mais alguns ensaios estarão prontos para serem cabeça-de-cartaz (não de lista) de um qualquer "stand up comedy".

Como considero que a capacidade de rir de nós próprios, é uma das maiores virtudes que podemos ter - ainda que fique latente as palavras da minha "mãezinha": com coisas sérias não se brinca - os "gags" construídos foram deliciosos.

Fico expectante quanto ao senhor que se segue.

2009-09-14

2009-09-11

"intas"


Agora que os "trintas" estão a entrar na recta final, fica uma constatação: existem ainda muitos locais para descobrir, muita coisa para fazer, muitas pessoas para conhecer, ou seja, muito para aprender.
Recentemente pude acrescentar um pouco ao meu parco conhecimento gastronómico. O meu amigo O. presenteou-me com um fruto para mim desconhecido até então: o "solanum muricatum" isto é, a "pêra-melão". Fiquei cliente. Como o nome indica é um mesclar de sabor que oscila quase que simultaneamente entre o sabor da pêra, a textura do melão... um deleite!
Se puderem, experimentem!

2009-09-09

"Deu-la-Deu"

Neste Verão, tomei conhecimento da lenda/história de Deu-la-Deu Marins. De forma sucinta resume-se ao seguinte:
Deu-la-Deu Martins, mulher do capitão-mor de Monção, Vasco Gomes de Abreu viveu no século XIV, no tempo das guerras entre D. Fernando de Portugal e D. Henrique de Castela. Foi nesta conjuntura que o galego D. Pedro Rodriguez Sarmento pôs cerco à vila de Monção com um poderoso exército, aproveitando a ausência temporária do seu capitão-mor.
A vila aguentou corajosamente o cerco sob o comando de Deu-la-Deu Martins, apesar da escassez de alimentos. No entanto esta escassez chegou ao limite de ruptura e foi então que Deu-la-Deu mandou fazer alguns pães e bolos da pouca farinha que restava. Deu-la-Deu Martins subiu então com os pães à muralha e atirou-os aos sitiantes, gritando-lhes o quanto ainda abundavam os mantimentos e provisões na cidade. A fome também já se tinha instalando no arraial inimigo. Assim, pensando que o cerco ainda estaria para durar decidiu retirar para Espanha, abandonando-o definitivamente.

Em tempos como os que vivemos no nosso país, gostaria de pensar que das próximas eleições sairá uma "Deu-la-Deu Martins", com coragem, imaginação e firmeza suficiente para inverter o cerco a que nós próprios nos confinamos na última década.
Talvez, desta vez, os pães e bolos sejam substituídos por laranjas. Fica ainda o desejo, que deste cabaz de citrinos haja o discernimento suficiente para apartar as laranjas podres.

2009-09-08

Por estes dias estou assim... pasmo!

Nestes últimos dias estou assim: pasmo, estupidamente pasmo! A pretexto de uma contemporização de "mensagem", fui despertado pela crescente subserviência desta face ao pluralismo, universalismo e relativismo. Para desespero meu, tenho verificado que este processo tem encontrado aceitação atroz em alguns meios de elites pretensamente evangélicas, começando agora a invadir também este "jardim à beira mar plantado".
Fica o desejo secreto, de que esta "emergência" não seja de todo mais um modismo, ou seja, ainda que contrário às "regras gramaticais" venha a ser tolerado e assimilado.

2009-09-07

Reflexões avulsas

"La construcción del mundo en nuestra actualidad no es atea, no necesariamente se niega a Dios en los cimientos, directamente se le olvida. Son los peligros de una desviación totalitara."
Luigi Negri

2009-09-03

Oração

"Ensina-nos, ó Deus, que Tu não tens necessidade de nada. Se algo Te fosse necessário, isso seria a medida da Tua imperfeição; como adoraríamos alguém imperfeito? Se nada Te é necessário, então também ninguém é necessário e esse ninguém inclui-nos a nós.
Tu nos buscaste, embora não tenhas necessidade de nós.
Nós Te buscamos porque precisamos de Ti, pois em Ti vivemos, nos movemos e existimos."
- A. W. Tozer