2005-08-29

Sementes

"Então minha senhora, com confiança que lhe vai sair?" - perguntava a jornalista, a propósito do Euromilhões.
Resposta imediata: "A mim tudo o que me acontece na vida é mau, por isso não será desta vez que me acontecerá nada de bom..."

Este pequeno episódio fez-me pensar na relação causa-efeito existente entre o semear e o colher.
Se lá, no jardim de minha casa semear rosas, será que vou colher cravos. Se semear gerânios, irei colher orquídeas?
Se temos colhido amargura, egoísmo, arrogância, desalento, negativismo e outros que tais... talvez seja tempo de verificarmos o que temos vindo a semear, e em que quantidade o temos vindo a fazer.

Queremos colher coisas diferentes daquelas que temos recebido até agora?
Talvez seja tempo de mudar o tipo de semente que temos utiilizado.

"Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará."
"...pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará."
- in a Bíblia

2005-08-23

Harmonia

Enfim, as férias lá acabaram.
Tempo de arrumações, limpezas, de executar aquelas tarefas que ao longo do ano nos esquivamos a realizá-las e sempre as empurramos para "quando tivermos tempo".
Tempo de descanso por excelência, de viagem, de ler ou reler o livro que há 5 anos é prioridade de leitura, de reorganizar o arquivo, de quebrar rotinas, de disfrutar da companhia de amigos ausentes o resto do ano, de acordar tarde!

Nestas férias tive a oportunidade de redescobrir uma dimensão nova e diferente do conceito e necessidade de harmonia.

Conceito demasiado abstracto e pessoal, poderemos pensar. Talvez...
No entanto, na nossa vivência, enquanto entidades corporais, emocionais e espirituais persiste uma necessidade básica da sua existência.
Harmonia do espaço, do tempo, das emoções. Harmonia musical, cromática, formal, ética...
A necessidade de formular uma justa medida que traduza equilíbrio abrangente e total. A demanda é básica, até mesmo primária.
A necessidade de encontrar ordem para o caos, de convergir, de combinar de forma natural, sem artifícios ou falsidades.
Relegar o uso de "corantes ou conservantes" e desmaquilhar os conceitos impostos por correntes doutrinárias e filosóficas avulsas e descartáveis.
Encontrar satisfação plena na própria existência do eu, do próximo, da própria morte...

Tenho encontrado essa dimensão de harmonia no relacionamento pessoal e individual com Deus.
Doutro forma, para mim nada faria sentido.