2009-12-14

E agora...

Recentemente vivi uma das experiências mais constrangedoras que alguém pode ter. Solicito, consenti em participar no musical do "Dia do Colégio" da minha filha. A participação passava por assumir a representação de uma das personagens principais e por cantar duas músicas a solo. Consciente da minha limitação crónica com a memorização das letras das músicas, tinha combinado que as mesmas seriam projectadas numa das paredes do pavilhão. Acontece, que pela afluência das pessoas, a letra acabou por ser encoberta parcialmente, exactamente no momento da minha intervenção. E agora que fazer?
Era ver cerca de 500 pessoas presentes expectantes, e... a minha débil memória eclipsou-se! O playback corria e naqueles 3 a 4 segundos, que se traduziram numa eternidade, não saiu mais que um lá-rá-lá envergonhado. E agora... bem o pânico lá se foi esbatendo e o recurso ao improviso lá foi conseguindo gerar uma nova letra para a canção.
Não poderia ter entrado pior em cena. A minha "performance" estava irremediavelmente destruída. Que fazer? Duas opções: ou ficava condicionado pelo arranque desastroso, ou ultrapassava o embaraço e prosseguia. Optei pela segunda alternativa.
Pena que na vida, nem sempre consigamos deixar para trás tudo o que nos amarra e nos serve de embaraço para prosseguirmos confiadamente para o alvo.

2 comentários:

Davide Vidal disse...

Pai sofre :)

Daniel Valeriano disse...

Eu ri bastante!