A vida decorria serena e pacata na quinta. Certo dia, o inusitado acontece. Corria a notícia de que o lavrador tinha instalado ratoeiras para apanhar o rato, que insistentemente devorava o queijo que a quinta produzia. O rato, alvoraçado alertou a galinha, que ouvindo o que este transmitia perguntou-lhe: "Mas, que tenho eu a ver com isso? Essa ratoeira é só para ratos! Não vejo o porquê de tanta preocupação". Ainda mais alarmado com a indiferença da galinha, sabendo do perigo que corria, o rato procurou auxílio junto do porco. A resposta foi análoga: "Mas, achas que devo preocupar-me com uma ridícula ratoeira para ratos?".
O rato, voltou costas e refugiou-se na sua toca sem saber muito bem o que mais poderia fazer.
Nessa noite, enquanto dormia foi acordado pelo alvoroço do disparar da ratoeira. E quem tinha sido apanhado? Uma enorme e venenosa cobra. O barulho veio despertar a mulher do lavrador, que dirigindo-se ao celeiro, sem saber o que tinha acontecido, acabou por ser mordida pela cobra que tentava fugir à armadilha.
A mulher, rapidamente adoeceu. Na cama, com febres altas, o homem procurava tratar da sua esposa. Para a alimentar, o que é que o lavrador foi fazer? Uma canjinha!!! E como é que se faz uma canja?....
A mulher continuava doente, então, os familiares que foram alertados para a gravidade da situação vieram visitá-la. E, ficaram por alguns dias. Era então necessário alimentar todos eles. Que fazer? Matar o porco...
Não sejamos pois egoístas ao ponto de pensarmos que o problema de um, não é um problema de toda a comunidade. Antes, contribuamos de forma prática para ajudar a quem se nos dirigir a requerer auxílio.