2006-01-11

Sal ou saleiros?

Actualmente é comum, barato e usado no mundo inteiro. Ao longo dos séculos tem suscitado guerras, conduzido ao estabelecimento de rotas comerciais, utilizado no pagamento do soldo de soldados. Hoje é usado primordialmente na preservação e tempero de alimentos. Estamos obviamente a falar do sal.
Podemos pensar na utilização prática do sal sobretudo em duas aplicações: na conservação dos alimentos; e, como condimento, realçando o seu sabor próprio.

Somos chamados a ser "sal". Somos chamados a preservar e potenciar o valor próprio das "coisas" e da essência humana, de forma a que a sua condição seja alterada.
Ademais das vezes, no entanto, o que se verifica é que somos mais saleiros, que sal.
Enquanto à nossa volta, o estado de decadência e decomposição se instalam, o "sal" permanece na sua prateleira, fechado no seu "saleiro", nada preservando, nada conservando.
É de facto interessante constatar como aqueles pequenos grãos fazem toda a diferença no "sabor" das coisas. Uma pequena pitada de sal, é a diferença entre um excelente manjar ou uma refeição nauseabunda.
Importa pois que "salguemos".
E, contrariamente ao que acontece na culinária, mesmo que "salguemos" em excesso, não há problema. Aliás, é desejável que assim seja, pois o "salgado" provoca "sede", "sede" essa que apenas é saciada com Água.

1 comentário:

Lagoa_Azul disse...

Se nos salgarmos de amor, de compaixão e de carinho, água nenhuma no mundo vai matar esta sede, porque depois de provado o salgado jamais iremos querer outros sabores...

Beijos com carinho.