A Torre inclinada mais famosa do mundo reabriu ao público no início da década de 90, após longo período de reparações a que foi sujeita. Foram gastos 30.000.000 €, retiradas 110 ton. de entulho da sua base, para corrigir 30 cm de desvio no topo.
Qual é o problema desta construção? Não são os materiais que foram empregues, ou algum erro na construção propriamente dita, mas sim na base, nas suas fundações. Aí se encontra o problema.
Cada um de nós está envolvido na construção de alguma coisa. Seja ela do carácter, de relacionamentos, de uma carreira, de uma família…
Quem constrói, obrigatoriamente tem um plano, uma planta, uma memória descritiva onde se enumeram os materiais, ou as acções a praticar. Ou seja, tem regras “de construção” levando em conta sobretudo a resistência dos materiais e a sua adequação à função que vão desempenhar. O curioso é que às vezes parece que nos esquecemos que vamos habitar “na casa” que estamos a construir.
Deixem-me partilhar uma história:
Certo homem muito abastado, tinha um amigo construtor. Ao tomar conhecimento que este seu amigo de infância estava a passar por uma situação de pobreza extrema, convidou-o para construir uma casa. Deveria utilizar os melhores materiais, pois o preço não era problema. Ele iria estar ausente em viagem por vários meses e quando regressasse a casa deveria estar pronta. Ao ver a possibilidade de fazer um excelente negócio, o construtor prontamente anuiu. Assim, começou a construção. Contudo, usou os materiais mais pobres, para conseguir melhor proveito do negócio que tinha feito. Concluiu a obra, o amigo voltou de viagem. Encontraram-se.
Foi então que o amigo entregou ao construtor a chave da sua nova casa. Sem saber, o construtor tinha estado a construir para si. Este homem simplesmente tinha-se enganado a si próprio.
Todos nós vamos “habitar” aquilo que estamos a construir.
Todos nós, mais tarde ou mais cedo, vamos enfrentar os “vendavais” da vida. As tempestades virão e o que será determinante para “permanecermos em pé”, será o tipo de construção que realizamos: como foram feitas as fundações, que tipo de materiais empregamos, que regras de construção seguimos…
Quando se constrói? Antes da tempestade, quando há serenidade e tranquilidade.
É nesses momentos que a integração da construção com a “paisagem” é possível, para que quando “desça a chuva, venham as torrentes, soprem os ventos, e batendo com ímpeto contra a casa; ela não caia, porque estava fundada sobre a Rocha”.
3 comentários:
Sem dúvida! Gostei imenso Aspas!
"Não há outra Rocha, nem Deus como o nosso..."
Tchamm... Tchamm... Tchamm... Tchamm...
"Rocha eteeeeeeeerna, a Rocha é Jesus...Rocha eteeeeeeeerna..."
Nas construções que realizamos, é bom não sermos considerados loucos!
Gostei muito deste post. Deus te abençoe.
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