2005-05-09

Tradicionalismo vs progressismo

Uma das grandes clivagens que a sociedade ocidental tem vivido nos últimos séculos, revela-se na dialéctica constante entre o tradicionalismo e o progressismo.
Muitos argumentarão a favor de uma, outros a favor de outra 'tendência'. Eu particularmente, como em tudo na vida, defendo o desejável equilíbrio.
Quer queiramos quer não, a sociedade em que vivemos baseia-se numa ética judaico-cristã.
Negar esta evidência, será negarmos a nossa origem.

Um exemplo:
Os valores de liberdade, igualdade, fraternidade - grandes ícones da Revolução Francesa - considerados progressistas para a data, traduziram-se na aplicação prática, dos conceitos judaico-cristãos do passado (tradicionalistas). De pronto poderemos argumentar que o surgimento da Revolução Francesa ocorreu devido à aplicação dos princípios absolutistas vigentes até à data. No entanto, se analisarmos a questão com verdadeira honestidade intelectual, veremos que o que se verificava era exactamente a preversão desses mesmos valores, a coberto de uma autoridade régia e eclesiástica imposta pela subjugação das liberdades individuais.

Desta forma, defendo que é urgente promover os valores tradicionais da sociedade europeia. Valores absolutos que derivam de VERDADES ABSOLUTAS. Valores como: a dignidade da vida humana, o primado da lei, a família, o respeito pelas autoridades instituídas, a bondade, o amor, a tolerância, a alegria, a paz, a justiça... enfim, tudo o que contribui indubitavelmente, para a melhoria da qualidade de vida de todos nós.
Serão estes valores apenas palavras bonitas, componentes de uma realidade idílica e surreal?
Julgo que não. A sua concretização é responsabilidade individual de cada um de nós.

Portugal encontra-se na véspera de levar a referendo a temática da "Constituição Europeia". Ignorante quanto à substância do tratado na sua generalidade, gostaria no entanto de salientar a ausência de referência a 'Deus' no respectivo tratado.
Será este mais um sinal 'progressista' da sociedade que estamos a construir?
A ausência do divino, no quotidiano de todos nós, tem ajudado a elevar o Homem a um plano superior, mais sublime, de realização pessoal e coletiva...?

Quanto a mim gostaria, de pensar que sou tradicinalista na substância e progressista na forma, quanto a vocês...

1 comentário:

Jorge Oliveira disse...

Quanto a mim, acredito nos valores, nas causas e no Deus da Bíblia Sagrada.